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Zona Franca de Manaus e sua atratividade para novos investimentos

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20/05/2016

Por Wilson Périco

A atual crise econômica e política não diminuiu o interesse de investidores em instalar novos negócios no Polo Industrial de Manaus (PIM). Pelo contrário. Grandes multinacionais, como Moto Honda, Samsung e Whirlpool, continuam atraindo fornecedores globais, interessados em expandir suas operações, para ficarem próximos dos atuais clientes e conquistar outros. Além deste perfil de investidor, há empresas de pequeno e médio porte que ainda não fazem parte da cadeia de suprimentos das indústrias alocadas na ZFM (Zona Franca de Manaus), mas enxergam enorme potencial. Para as organizações já instaladas, a chegada de fornecedores significa reduzir custos com importação e, para a região, novos empreendimentos representam geração de mais postos de trabalho e maior desenvolvimento socioeconômico.

O aumento da oferta de mão de obra qualificada nos últimos anos, aliado ao fato de o PIM ser estruturado para a cooperação entre as indústrias locais, é um dos atrativos para empreender em Manaus. Somam-se a esses diferenciais, o conjunto de incentivos fiscais (II, IPI e ICMS) e a segurança jurídica de um modelo econômico, em vigor até 2073.

É claro que existem alguns desafios para que a ZFM seduza ainda mais. Contudo, alguns deles estão sendo superados. O CIEAM (Centro da Indústria do Estado do Amazonas), em parceria com outras entidades da região, começa a desburocratizar a aprovação de licenças para a instalação de novas matrizes industriais em Manaus, por meio dos Processos Produtivos Básicos (PPB´s) indutivos. Isso significa que as entidades ficam com o papel de identificar oportunidades, elaborar e pré-aprovar os PPB´s junto aos órgãos responsáveis.

O gargalo logístico é outro em vias de aprimoramento. Para escoar a produção, a indústria tem utilizado cada vez mais a cabotagem como modal mais barato e ambientalmente adequado. Referente ao transporte rodoviário, a BR-319 finalmente começa a ser submetida a melhorias. Os órgãos ambientais chegaram a um acordo para iniciar a manutenção da rodovia, que liga Manaus a Porto Velho (RO). No início de abril, o Ibama anunciou a licença para as obras da BR.

Enquanto o Estado corre atrás de aperfeiçoar a infraestrutura, a Suframa, órgão gestor da ZFM, frequentemente recebe visitas de consulados do Japão, China e de outros países, interessados em empreender na região. Mais recentemente, a autarquia foi prestigiada com a comitiva espanhola coordenada pela diplomacia daquele país no Brasil, que conheceu as diretrizes do modelo da ZFM e tirou dúvidas sobre logística e incentivos fiscais. O embaixador Manuel de La Cámara Hermoso reconheceu múltiplas oportunidades na biodiversidade da Amazônia, além dos muros da capital, reforçando a importância de fomentar negócios fora do PIM. O que seria importante ferramenta para o desenvolvimento socioeconômico local.

É por isso que a Suframa e o Inmetro estão reformulando o CBA (Centro de Biotecnologia da Amazônia), para que possam identificar novas modalidades de negócios. Psicultura, turismo, insumos minerais e as multiplicidades de fármacos são algumas potencialidades já identificadas, antes mesmo dessa iniciativa. Agora, é hora de arregaçar as mangas, porque um novo tempo começou.

*Wilson Périco é presidente do CIEAM – Centro da Indústria do Estado do Amazonas

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