14/09/2017

Reportagem publicada no Jornal Em Tempo

As empresas do PIM (Polo Industrial de Manaus) ganharam com a UEA (Universidade do Estado do Amazonas) um aliado para promover o desenvolvimento na área de tecnologia e inovação dos processos produtivos. A instituição de ensino lançou ontem (13) um Portfólio de Negócios Inovadores para atender a demanda tecnológica das empresas para acompanhar as evoluções em diferentes ramos da indústria. A diretora da Agin (Agência de Inovação) da UEA, Kátia Araújo, disse que esse é apenas o primeiro volume do portfólio. “A ideia é fazer a indústria, que hoje procura uma solução para alguns problemas e, ao invés de buscar estudos fora do nosso Estado e do país, demandar para a UEA essas necessidades, para encontrar respostas aos problemas que possuem”, disse. Por meio de um estudo dentro da universidade, a Agin detectou um manancial de inteligência que não era observada ou vista, tanto internamente quanto externamente. O levantamento desses potenciais gerou projetos para competitividade da inovação da indústria local, formando o portfólio de negócios inovadores da UEA. O portfólio atende áreas, como de processos, pessoas, tecnologias e inovações, voltadas para resolver os problemas sociais, econômicos e de competitividade da cadeia produtiva da indústria. As pesquisas podem contribuir em conhecimentos ligados a saúde e a otimização dos processos industriais, disponibilizando ao mercado, estruturas e professores com know-how sobre o assunto. “A UEA está de portas abertas para conversar com a empresa, entender o que pensa e precisa, e de que forma podemos contribuir para a competitividade e para ajudar que não cheguem a falência, como acontece com empresas que não acompanham o desenvolvimento tecnológico. Tem que sair da curva do padrão e se enxergar um passo à frente das outras”, analisou Kátia.

A empresa Technicolor, instalada em Manaus, é um exemplo de indústria que pode se beneficiar com pesquisa e tecnologia. O vice-presidente da companhia, Wilson Périco, disse, porém, que a vocação da UEA, vai além do PIM, pois alcança A capacitação ou O desenvolvimento para a indústria em municípios do interior. Périco apontou que a UEA pode levar para os demais municípios, cursos de formação de capital intelectual que sejam aproveitados para desenvolvimento para a atividade econômica onde a mão de obra vai ser requerida. “As tecnologias para serem desenvolvidas para a economia, além da capital, tem um peso tão grande quanto um foco apenas no Distrito Industrial”, disse. O vice-presidente da Federação das Indústrias do Estado do Amazonas (Fieam), Nelson Azevedo, disse que o lançamento da UEA vai capacitar a mão de obra voltada para a própria realidade local, não apenas para as pessoas serem funcionárias públicas como também para tocar fábricas de inovação, que vai do empreendedor ao técnico especializado. “Agora é conversar com as empresas para conhecer suas demandas e saber onde pode ser inserida essa mão de obra a disposição do mercado. Com certeza é um avanço enorme para a região”, apontou.

Suframa busca parceria com universidades locais

O superintendente da Suframa, Appio Tolentino, acompanhado de equipe técnica da autarquia, visitou ontem (13) a universidade Nilton Lins, na Zona Centro-Sul , para discutir eventuais parcerias em prol da difusão do conhecimento na Amazônia. Durante reunião com o presidente do grupo Nilton Lins, Nilton Costa Lins Júnior, Tolentino buscou abordar, mais especificamente, a necessidade da criação de cursos específicos para atender demandas de qualificação dos trabalhadores do PIM (Polo Industrial de Manaus) e de cursos inseridos no âmbito da “Indústria 4.0”. Além de cursos tecnológicos “In Company” para a indústria, também foi discutida a possibilidade da oferta de cursos de especialização, mestrado e doutorado para servidores da autarquia. Outro tema abordado foi a realização de estágios e pesquisas de campo no DAS (Distrito Agropecuário da Suframa) para estudantes de graduação do curso de Medicina Veterinária e de mestrado e doutorado do curso de Aquicultura. Durante o encontro, Tolentino fez um resumo das principais ações adotadas pela Suframa ao longo dos últimos três meses e convidou a universidade para integrar o grupo de trabalho multi-institucional que está elaborando um plano de desenvolvimento econômico para a região. “O principal objetivo desse plano é atrair investimentos visando à criação de emprego e renda na região”, resumiu Tolentino. O presidente do grupo Nilton Lins, Nilton Costa Lins Júnior, elogiou a iniciativa da autarquia de unir esforços de instituições em prol do futuro da região. Elogios O empresário fez ainda um resumo histórico da instituição, com destaque para o rol de cursos ministrados, e também destacou pesquisas que estão sendo desenvolvidas na universidade. “Uma delas busca criar uma roupa especial para que um deficiente visual possa andar sozinho. Outra pesquisa é de uma ração que ativa o gene do ômega 3 no tambaqui”, frisou o empresário.