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Três em cada dez ônibus do Distrito Industrial têm rota cancelada com desemprego

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23/05/2016

A perda de postos de trabalho no Polo Industrial de Manaus (PIM), que no primeiro trimestre deste ano chegou a 4,6 mil, levou à redução de 33,3% do número de rotas diárias para atender ao Distrito Industrial este ano em relação a 2014, segundo o Sindicato das Empresas de Transportes de Passageiros por Fretamento de Manaus (Sifretam).

Por dia, o Distrito está recebendo 10 mil rotas de 267 empresas de transporte, segundo o presidente da comissão da convenção coletiva do Sifretam, João da Cunha. Em 2014, eram 15 mil rotas por dia, com o cancelamento de três em cada dez rotas.

A redução tem relação direta com o desemprego e baixa produção na indústria de Manaus. Os últimos dados do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE) apontam que a industrial local acumula queda de 18% nos últimos 12 meses, considerando o mês de março. O resultado é o pior de todo o País.

A produção industrial menor, que vem desde 2014 e se intensificou, em 2015, e neste ano, é responsável por vários postos de trabalho perdidos. Segundo dados do Cadastro Geral de Empregados e Desempregados (Caged), do Ministério do Trabalho e Emprego, a indústria do Amazonas perdeu 38.889 postos de emprego formais, entre janeiro de 2014 e março deste ano.

Além da redução no número de rotas, a maioria opera em horário comercial, entre 8h e 17h. Em 2014, o Distrito tinha rotas no primeiro turno (às 5h e às 14h), segundo turno (às 14h e às 22h) e terceiro turno (às 22h e às 6h). Um único veículo fazia várias rotas diárias. Atualmente, esse mesmo veículo faz duas viagens por dia.
De uma frota total de 2,5 mil ônibus, micro-ônibus e vãs, 800 ficam parados nas garagens, atualmente. “Nós estamos tendo muito prejuízo nesse setor. Fecharam empresas e outras estão querendo vender”, afirmou Cunha.

A queda na receita chega a 70% no primeiro trimestre de 2016 comparado com o de 2015, segundo o diretor da Aruanã, Flávio Willer. “O que está acontecendo no Brasil piorou muito de 2014 pra cá e a Zona Franca de Manaus teve reflexo pior ainda. Em 36 anos aqui, eu nunca vi. Nem na crise do Collor, nunca havia visto uma redução tão drástica”, disse Willer.

De acordo com o executivo, um único ônibus fazia rota de horário comercial, primeiro e segundo turno, durante toda a semana, incluindo sábados, domingos e feriados. Hoje, esse mesmo ônibus faz uma rota de manhã e uma à tarde.

A redução está refletindo nos recursos para manter os serviços. “O dinheiro é insuficiente pra pagar os custos de diesel, salários, tributos. Nós vamos quebrar”, disse o diretor, referindo-se ao setor de transporte.

Várias empresas de transporte têm procurado as companhias do Distrito para rediscutir os contratos. Com aqueles que não foi possível mudar os valores de contratos, o serviço teve que ser suspenso.

Motoristas ameaçam paralisar

O Sindicato dos Trabalhadores em Empresas de Transporte Especial, Turismo, Fretamento, Locadoras e Carros de Valores Intermunicipais de Manaus (Sindespecial) anunciou paralisação de parte das atividades, nesta segunda-feira. Conforme o comunicado assinado pelo presidente da entidade William Enock Siqueira, após não receber contraposta do Sifretam sobre as reivindicações salariais na data-base da categoria.

Os trabalhadores aprovaram a paralisação de advertência em assembleia geral, entre 5h e 9h desta próxima segunda-feira, nos seguintes pontos de Manaus: Bola da Suframa, Bola do Armando Mendes, Avenida Rodrigo Octávio e na Torquato Tapajós, na entrada do bairro Novo Israel.

De acordo com o comunicado, a categoria decidiu paralisar 30% das atividades da frota de, aproximadamente, 800 veículos.

Fonte: Portal D24am.com

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