18/02/2019
Entrevista publicada pelo Portal D24AM
Marcos Santos e Beatriz Gomes
Após mais de um mês do anúncio da escolha do coronel reformado Alfredo Alexandre de Menezes Junior para o cargo de superintendente da Zona Franca de Manaus (Suframa), a nomeação foi publicada no Diário Ocial da União da última sexta-feira (15). No mesmo dia, ele concedeu a primeira entrevista como superintendente, na RADIO DIÁRIO FM 95,7, durante o programa ‘MANHÃ DE NOTÍCIAS’, apresentado pelo jornalista Marcos Santos. A escolha da equipe e a militarização da Suframa foram os principais destaques da participação do novo gestor da autarquia federal que administra os incentivos scais da ZFM.
O senhor estava em Brasília, na quinta-feira (14), inclusive participou
de um ato com o vice-governador do Amazonas, Carlos Alberto de
Almeida Filho, e com o vice-presidente, general Hamilton Mourão, e à
noite saiu o ato de nomeação. Essa nomeação estava dependendo da
volta do presidente Jair Bolsonaro, após a internação?
Praticamente. Estávamos em Brasília até ontem (quinta-feira), mas a
nomeação estava nas mãos dele, uma decisão que ele tomou junto com o
ministro Paulo Guedes. Eu participei dela em meados do dia 12 de
dezembro e estávamos aguardando confiantes no presidente e acredito
que tudo ocorreu como tinha que ser. Ele retornou quarta-feira e
estávamos ansiosos para que se efetivasse como se efetivou, na
madrugada.
Quando o senhor efetivamente senta na cadeira de superintendente?
Após a nomeação, nós temos até 30 dias para tomar posse. A ideia é, na
semana que vem, irmos à Suframa conversar com o superintendente (Apio
Toletino), que está deixando o cargo, e tomarmos posse, para iniciarmos o
trabalho e tocar a vida em prol da nossa Amazônia e do nosso Brasil.
Assim, desejamos que, na próxima segunda-feira, contando com o apoio
da sociedade e de políticos e dos próprios funcionários da Suframa,
trabalharemos em prol de construirmos uma Amazônia pujante.
Há uma reunião do Conselho de Administração da Suframa (CAS)
marcada para o dia 28 de fevereiro. O senhor a conrma? Como vai
ser?
Na realidade, 28 de fevereiro é a data do aniversário da Suframa, por isso a
reunião estava prevista, mas não se realizará porque a primeira reunião
ainda está sendo decidida, em Brasília há duas semanas, onde está sendo
formatado um novo conselho, e também em função de estar muito
próximo da data do aniversário e da nomeação. Vamos aguardar um nova data a ser definida para que a reunião ocorra com o presidente e o
vice-presidente e o ministro Paulo Guedes, além do secretário Carlos da
Costa (Sepec). A expectativa é grande porque queremos a presença de
todos os membros do CAS, em especial os governadores e prefeitos, e
começar uma nova fase na nossa região, conectada com o governo federal
e com o poder executivo e legislativo.
O senhor passou pelo crivo do ministro Paulo Guedes e
posteriormente, em uma entrevista com o secretário Carlos
Alexandre da Costa. Nessa entrevista, sentiu alguma animosidade,
como a retirada dos subsídios da Zona Franca de Manaus?
Nunca em nenhum momento, muito pelo contrário. Essas entrevistas
sempre foram no sentido do que poderíamos fazer para melhorarmos
toda a parte dos incentivos e sempre voltado para a produtividade e
competitividade e utilizarmos o modelo atual para alavancarmos novas
possibilidades de matrizes econômicas. Sei que os desafios são grandes e
temos a plena convicção disso, da envergadura, mas contamos com toda a
sociedade.
Nos bastidores da sua nomeação, falou-se muito que ela estava
barrada pelos políticos que criaram uma situação de
constrangimento para o ministro Paulo Guedes e para o presidente. A
sua nomeação agora parece uma vitória sobre esse lobby e como vai
ser a nomeação dos superintendentes-adjuntos?
O ministro e o presidente deram total autonomia ao secretário Carlos da
Costa para escolher a equipe e, quando conversei sobre o convite, eu
perguntei se teria autonomia para nomear a minha equipe e ele disse que
totalmente. Já temos nossos nomes, e vamos trazer nomes da mesma
maneira, baseados no critério técnico e de meritocracia e tenho quase
toda ela fechada. Terei o prazer de anunciar assim que tivermos a
conrmação desses nomes, mas acho que o mais importante é essa
autonomia para formarmos essa equipe que com certeza terá grandes
desafios e nosso objetivo é fazer uma gestão compromissada com o
interesse do nosso estado, nossa região e País.
Quando serão anunciados?
Eu creio que até terça-feira (19). Estávamos aguardando a nomeação. E, na
realidade, como um está fora do Estado, temos que fazer esse fechamento,
para ver se o convite que fizemos há trinta dias está mantido e podemos
anunciar.
O primeiro ato será o encontro com o governador e o prefeito?
Até por dever de educação porque eles são os donos da casa. Tive a
oportunidade de estar com o governador e falei que o primeiro ato será
esse, e o farei na segunda-feira. Quero visitar o governador e o prefeito de
Manaus, além da nossa bancada, tanto estadual quanto do congresso
nacional.
O senhor terá nos próximos dias o final da licitação da Prefeitura de Manaus para o asfaltamento das ruas do Distrito Industrial. O senhor tem como opinião de que não dá para trazer empresário para investir com o distrito daquele jeito.
Na minha percepção, tínhamos que ter no distrito um ponto turístico de Manaus. Vamos trabalhar em parceria com a Prefeitura. Tomei conhecimento da licitação, mas ainda não tenho domínio da situação. Vou conversar com prefeito, meu amigo, que me conhece bem, para podermos equacionar isso e se pudermos contar com o apoio do exército para termos um trabalho de qualidade, aproveitando esse novo momento para dar uma nova fotograa dessa área da cidade.