11/06/2014
“O fato é que houve uma euforia com os televisores, se produziu bastante e isso ficou estocado lá na ponta. Os revendedores estão reclamando que há muito estoque. O consumo foi até bom, mas as expectativas extrapolaram um pouco. Então (esta alta) foi muito em função da produção exagerada de televisores”, explicou.
Números
De acordo com dados dos Indicadores da Suframa divulgados no último mês de maio, no acumulado do primeiro trimestre deste ano o faturamento do setor de papel, papelão e embalagens foi de R$ 100,89 mi, que representou uma alta de 13,80% em relação ao mesmo período de 2013 (R$ 88,6 mi). O resultado recuperou as perdas registradas entre janeiro e março do ano passado, quando o faturamento ficou 13,78% abaixo dos valores anotados em igual período do ano anterior.
Já na comparação mensal a alta não foi tão expressiva: R$ 34,4 mi em março de 2014 contra R$32,3 mi em março de 2013.
Passado o momento de maior entusiasmo para o consumo, Athaydes Félix afirma que a tendência do setor é se estabilizar.
“A tendência agora é de queda, a menos que haja um forte incentivo do governo federal para estimular o consumo. A tendência é que o mercado caia na realidade”, finalizou.
Contraponto
Por outro lado, o presidente do Corecon-AM (Conselho Regional de Economia do Amazonas), Marcus Evangelista, não concorda com esta visão. Na opinião dele, o mercado eletroeletrônico – e, consequentemente, o setor de embalagens – deverão continuar aquecidos até o fim do ano, período quando tradicionalmente as vendas destes artigos têm um acréscimo.
“O setor eletrônico, ao contrário do setor de duas rodas, está vivenciando um bom momento e eu acredito que esse momento continua até o fim do ano. As grandes lojas, a partir do meio do ano, já começam a se programar para as vendas de fim de ano. Por isso as fábricas já começam a receber os pedidos e suas linhas de produção vão se manter ativas”, acredita Evangelista.
Fonte: JCAM