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Rebecca afirma que decisão de Temer foi apenas política

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24/05/2017

Informações do Amazonas Em Tempo e do portal Amazonas Atual, com edição da assessoria de comunicação do Centro da Indústria do Estado do Amazonas (Cieam)

A ex-deputada federal Rebecca Garcia (PP) disse que a decisão sobre a sua exoneração da titularidade da Superintendência da Zona Franca de Manaus (Suframa) foi baseada no momento político que o país vive. Segundo ela, o governo Temer que está no olho do furacão e resolveu ceder às pressões partidárias.

Rebecca acredita que na atual situação, não dá mais para compor com o governo envolvido em acusações pesadas como as da JBS sobre o presidente Michel Temer.

Nesse momento a economista trabalha num relatório sobre a sua gestão que começou em outubro de 2015. Esse relatório que será apresentado aos órgãos de controle e também servirá como um escudo para o que pode vir daqui em diante.

Rebecca Garcia disse que não foi comunicada pelo governo federal e soube da demissão por amigos, em Brasília, que leram a destituição no DOU (Diário Oficial da União) desta quarta-feira, 24. A ex-superintendente da autarquia disse que a decisão foi do governo federal e “jamais abandonaria a indústria nesse momento” de crise política e econômica.

“Não foi uma decisão pessoal. Eu jamais abandonaria a indústria nesse momento que estamos vivendo. Eu não poderia, até que tivesse vontade para realizar outros projetos. Sei como são as decisões de preenchimento de um cargo político, foi uma decisão do governo, do qual eu nunca fiz parte, nunca farei. O governo está fragilizado e acaba cedendo a pessoas, a pedidos”, disse.

Rebecca disse que não tem pretensões políticas imediatas. Ela declarou que não conversou com ninguém porque estava à frente da Suframa e não se sentia à vontade para conversas partidárias.

Incentivos suspensos

No dia 16 deste mês, a publicação da Portaria nº 149 foi o último ato de Rebecca como superintendente da autarquia. Ela suspendeu por 90 dias os incentivos fiscais concedidos às linhas dos produtos de informática da Videolar S.A. com base no § 2º do art. 33 do Decreto nº 6.008, de 2006. A empresa, uma das maiores do setor de informática do Amazonas, não investiu em pesquisa e desenvolvimento na Amazônia como contrapartida do usufruto dos incentivos fiscais, segundo estabelece o art. 2º da Lei nº 8.387, de 30 de dezembro de 1991.

A decisão atinge a produção de pen drive e dispositivos de armazenamento de dados, não volátil, à base de semicondutores, ‘cartões inteligentes’ e outros suportes para gravação de som ou para gravações semelhantes, mesmo gravados, incluindo as matrizes e moldes galvânicos para fabricação de discos.

Só atrapalha

O setor industrial de Manaus considerou que a exoneração ‘atrapalha’ a atuação da Suframa. Para o presidente do Cieam (Centro da Indústria do Estado do Amazonas), Wilson Périco, o trabalho de Rebecca Garcia vinha sendo muito bom. “O momento é de turbulência, de incerteza federal e estadual, é ruim, um momento difícil. A Rebecca vinha fazendo um bom trabalho, tinha boa interlocução com a indústria e o comércio, vinha numa discussão grande com a implantação da nova taxa, mas a gente sabe que são cargos políticos, atrapalha muito a gente porque as questões discutidas, encaminhadas, certamente terão que passar por uma revisão, serão reiniciadas. Esse é o maior entrave”, disse.

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