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Quarta empresa do AM adere ao Programa de Proteção ao Emprego

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25/07/2016

Mais uma empresa do Amazonas aderiu ao Programa de Proteção ao Emprego (PPE), chegando a quatro o número de companhias locais que reduziram os salários e jornada de trabalho de 2,13 mil trabalhadores, por influência da crise econômica, em 2016.

A fábrica Genis, empresa especializada na fabricação de produtos para atividades físicas e fisioterápicas, aderiu ao programa, no dia 10 de junho. De acordo com relatório do Ministério do Trabalho e Emprego (MTE), 53 trabalhadores da Genis começaram a ter jornada de trabalho e salários reduzidos a partir do último dia 13, quando a redução teve início, de fato.

O impacto sobre os salários de 53 funcionários será de 10% porque outros 10% serão pagos pelo Fundo de Amparo ao Trabalhador (FAT), informou o diretor-presidente, Nelson Iida. “O descanso será de 20%. Se um mês tem 20 dias úteis de trabalho, os trabalhadores ficarão quatro dias em casa”, explicou Iida.

O PPE terá a duração inicial de três meses na Genis. “Como a demanda caiu muito, se a gente for levar ao pé, teria que demitir. Ao invés de demitir, a gente fez esse acordo. O PPE é bom quando você vislumbra o futuro. Como a gente tem projetos futuro, novos produtos, é passar esses três meses com o PPE e, depois, se esses novos produtos adicionarem mais demanda, a gente pensa se vai continuar ou não”, disse o diretor-presidente da Genis.

A empresa, que fabrica bicicletas ergométricas e esteiras no Polo Industrial de Manaus (PIM) e foi fundada em 2005, vai receber um aporte de R$ 45,80 mil, para ajudar no pagamento dos salários dos funcionários.

Outras adesões

A Genis é uma das quatro companhias que aderiram ao PPE neste ano, no Amazonas, segundo o MTE. No início de 2016, Yamaha Motor da Amazônia e a Yamaha Motor Componentes da Amazônia reduziram em 10% o salário e a carga de trabalho de 1,6 mil empregados.

À época, o diretor da Yamaha Motor, Genoir Pierosan informou que todos os trabalhadores aderiram ao programa, ‘desde o auxiliar de produção ao diretor’. Pierosan disse, ainda, que a situação econômica e a falta de perspectivas melhores a curto prazo levaram a empresa a aderir ao PPE.

A adesão da Yamaha ao programa iniciou em janeiro e se encerra no próximo dia 17, informou Pierosan. “Não temos planos de prorrogar. Foi perfeitamente possível aplicar o programa porque considerou a variável retração aguda por um período. O plano foi muito bem aceito pelos trabalhadores porque eles compreenderam as razões, o foco, que era preservar empregos”, afirmou o diretor.

A opção por não prorrogar a adesão ao PPE se dá por uma pequena melhora na produção. “A produção estabilizou, embora ainda muito baixa daquilo que se espera, mas está estável”, disse Pierosan.

A Fundação Centro de Análise, Pesquisa e Inovação Tecnológica (Fucapi) também aderiu ao PPE, desde janeiro, e 486 funcionários tiveram os salários e a carga horária reduzidos em 20%.

Estratégia

O PPE visa conter demissões com a redução temporária da jornada de trabalho e de salários em até 30%. A metade da perda salarial é ressarcida pelo governo federal, com limite de até R$ 900,84 ou 65% do valor do maior benefício do seguro-desemprego. O recurso do governo é proveniente do Fundo de Amparo ao Trabalhador (FAT).

O PPE é regido pela Lei 13.189/2015. O programa só pode ser implantado após acordo entre empresários e trabalhadores, em empresas que estiverem em situação de dificuldade econômico-financeira.

Desde o início do programa, 97 empresas no País já aderiram ao PPE e outras 29 aguardam análise dos pedidos de adesão. O número de empregos preservados em todo o País com o PPE soma 58 mil, 16% a mais do que a meta inicial do governo federal, que era de 50 mil.

O PPE teve início em julho de 2015 e vai até 31 de dezembro deste ano.

Fonte: Portal D24am.com

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