21/02/2019

Notícia publicada pelo Jornal do Commercio

Com o foco voltado às demandas do PIM (Polo Industrial de Manaus), o Ciesa (Centro Integrado de Ensino Superior do Amazonas) e a Fieam (Federação das Indústrias do Estado do Amazonas) pretendem firmar uma parceria, oferecendo cursos de especialização stricto sensu, Mestrado e Doutorado para os trabalhadores do PIM.

No último dia 7, representantes da indústria estiveram reunidos com o presidente da Fieam, Antônio Silva e com o reitor do Ciesa, Luiz Antônio, para conhecerem as propostas dos projetos de inserção na indústria e no empreendedorismo.

Para o reitor da instituição, a qualificação de mão de obra na indústria local e as cadeias produtivas na região são latentes. Por isso há uma grande necessidade de construir projetos que atendam a essa demanda. “Nós primamos inovar na construção de projetos de expansão para atender as demandas regionais. Além da relevância do capital intelectual, a ideia é criar novas oportunidades de trabalho na região com cursos específicos de pós-graduação, mestrado e doutorado para profissionais que atuam nestes segmentos”, destacou.

A iniciativa é comemorada por representantes da indústria, e que as demandas são pertinentes, pois, o conhecimento alavanca e promove o desenvolvimento regional dentro de um cenário econômico desenhado sobre a Amazônia.

A coordenadora do curso de pós-graduação do Ciesa, Solange Holanda, explica que é a primeira vez que o centro de ensino, vai oferecer esse convênio diretamente voltado ao polo industrial. Será um convênio com descontos de 30% a 50%, nos cursos de Indústria 4.0 Logistica, Suply Chain e Transporte , Produção Lean Manufacture.

“A nossa ideia é alcançar e atender os colaboradores da indústria em áreas de concentração bem específicas. Estamos com alguns cursos já fechados e ajustando mais dois. A partir de abril, esse convênio já valerá para os cursos de pós-graduação Latu Sensu”, frisou.

Já os cursos, stricto sensu, Mestrado e Doutorado, por serem mais complexos, estão aguardando as tratativas de autenticação para abrirem os editais.

Representantes da indústria comemoram a iniciativa e acreditam que a oportunidade vai trazer um grande auxílio, ainda mais num momento em que a indústria 4.0 desenha um novo cenário para o setor. Além do incentivo em fomentar espaços para discussão de novas alternativas econômicas na produção de conhecimento local, visando fortalecer a indústria do PIM.

No entendimento do presidente da Fieam, Antônio Silva, toda proposta que envolve condições para capacitar os colaboradores do polo industrial é ‘saudável’. Não apenas pensar na indústria 4.0, mas ter uma visão bem mais ampla. “Todo e qualquer conhecimento está à frente de tudo. Todos nós da indústria avaliamos esse acordo de cooperação com bons olhos. Essa proposta não vai preparar somente o universitário. Ela vai garantir preparo para enfrentarmos a competitividade”, afirmou Silva, garantido que até a quarta-feira está previsto um novo encontro com o reitor do Ciesa, para fechar os detalhes do acordo.

O presidente da Faea (Federação da Agricultura e Pecuária do Estado do Amazonas) Muni Lourenço, que também participou da reunião, destacou a iniciativa do centro de ensino que traz a oportunidade de expandir através da oferta na formação de líderes atingir cadeias produtivas da indústria local. Além de convidar o reitor Luiz Antônio à participar da próxima reunião do Codam para falar da oferta de cursos de mestrados voltados ao pequeno e microempreendedor da agroindústria.

O consultor em gestão empresarial e membro da equipe da Coordenadoria de Relações do Trabalho e Emprego da Fieam, Genoir Pierosan, disse que ficou definido que o Ciesa vai encaminhar todas as informações sobre os cursos para divulgar nas indústrias e firmar um acordo de cooperação entre o segmento e o Ciesa.

“Essa é uma proximidade muito válida para as indústrias. Qualquer iniciativa que vise a qualificação da mão de obra do nosso polo, contribui para o desenvolvimento industrial. Nós pretendemos, contudo, estimular esses colaboradores a aderirem essa oportunidade. A ideia é sermos um canal que viabilize e fortaleça essa parceria”, disse.