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Oportunidade pra Zona Franca

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17/06/2019

Matéria publicada pelo Jornal Acrítica

Nícolas Daniel Marreco

Com boas perspectivas para o agronegócio e o crescimento de capital industrial na Zona Franca de Manaus (ZFM), a guerra comercial entre os Estados Unidos e China tem potencial para render bons frutos à economia amazonense, segundo especialistas.

Com o aumento crescente de tributos nas importações entre as duas potências, buscar outros mercados como rota de fuga é a alternativa mais provável. No último 7 de maio, o presidente americano Donald Trump aumentou em 15% as tarifas de importação sobre R$ 200 bilhões de produtos chineses que circulam no país como justificativa de que a China teria descumprido acordo comercial feito em dezembro de 2018. Na época do encontro dos dois presidentes, houve anúncio das duas potências de suspender os aumentos.

Em contraponto com o mesmo cenário de embates internacionais no ano passado, quando um receio da diminuição da produção industrial e da competitividade da ZFM era visto, o vice-presidente da Federação das Indústrias no Amazonas (Fieam), Nelson Azevedo, afasta a chance de reflexos negativos respingarem no Estado. "É logicamente que enquanto o Brasil mantiver boas relações com os países, não terá restrições no mercado. É uma situação preocupante ao comércio, mas cada país tem a sua posição. As tarifas americanas contra o mercado chinês não são capazes de nos afetar ao ponto de dificultar as exportações", opinou. O mercado interno com Inseguranças jurídicas e a expectativa pela reforma da Previdência, para ele, são as principais preocupações do momento na

A cronologia

08/03/2018 EUA impõe taxas sobre importação de aços e alumínios 01/04/2018 China adota tarifas de US$ 3 bilhões em bens dos EUA

15/06/2018 EUA anuncia tarifa de importação de 25% em US$ 50 bilhões de bens chineses

17/09/2018 Novo anúncio de tarifa dos EUA impõe 10% em US$ 200 bilhões de bens chineses

18/09/2018 China retalia e coloca mais tarifas de US$ 60 bilhões em bens americanos

01/12/2018 Acordo entre as duas potências é selado.

07/05/2019 Trump alega que acordo não foi cumprido e sobe taxas de novo indústria. Já o presidente da Associação Comercial do Amazonas (ACA), Ataliba Filho, vai além. "Alguma parte irá ser beneficiada e outra prejudicada. O presidente dos EUA, Donald Trump, e o presidente da China, Xi Jinping.

Para o agronegócio, vai ser bom porque os commodities agrícolas irão aumentar com o boicote esperado dos EUA", projetou. Ao passo em que os Estados Unidos subirem as tarifas de aço e laminados, como no ano passado, e caso as batalhas continuem, o capital chinês tem chances de se ver atraído pelo solo brasileiro. O presidente do Centro da Indústria do Amazonas (Cieam), Wilson Périco, sustenta essa tese, no que em-presas já alocadas no Polo Industrial de Manaus (PIM) podem ser estendidas aqui. "O que pode ocorrer é a oportunidade do Brasil tomar mais espaço na exportação de produtos encabeçados, hoje, pela China. Apesar disso, é difícil falar em aumento de produtos manufaturados por causa da logística precária e a falta de infraestrutura do Estado. Sobre o agronegócio, é capaz de haver algum crescimento, mas limitado, vis-to que é um mercado insignificante no Amazonas", indicou.

A rota ideal de fuga

"A guerra comercial é entre China e Estados Unidos. O que a gente chama de protecionismo é a questão das barreiras alfandegárias para a proteção do mercado interno, mas o modelo ZFM é que há a questão da isenção de impostos", explica o economista Francisco Mourão. "Destinado desde a criação de empresas afiliais de todos os tipos que vêm para cá. Poderíamos aproveita r essa situação e oferecer esse modelo aos negócios chineses para exportar ao mercado americano. A guerra não é nossa. Poderíamos dar um novo viés a ela. Inverter o modelo e torná-lo exportador. O que o (vice-presidente) Mourão disse foi (para ter cautela) no âmbito diplomático. Eu falo sobre fabricar produtos que podem ser de sócios da China em vez de estar lá poderia vir para cá fugir dos altos preços, por-que seremos nós o vendedor final. É uma economia de custo de oportunidade. Aproveitar esse momento para gerar em-prego e renda, investir em logística. É uma rota de fuga".

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