24/04/2017
A indústria de material elétrico e de comunicações é o setor que está segurando o nível de emprego no Estado, de acordo com o Cadastro Geral de Empregados e Desempregados (Caged), do Ministério do Trabalho e Emprego (MTE). Mesmo com o resultado positivo deste segmento, o balanço de todas as atividades da indústria no primeiro trimestre registrou saldo negativo de 4,7 mil vagas.
O saldo de empregos, que representa a diferença entre as constratações e as demissões, deste subsetor da indústria fechou os três primeiros meses do ano em 586 postos de trabalho, bem acima da média da indústria de transformação que terminou o trimestre com déficit de 365 vagas no Estado. Este segmento é responsável pela fabricação de aparelhos celulares, componentes eletrônicos, cabos e fios, pilhas e baterias, e equipamentos para distribuição e controle de energia elétrica.
Nos últimos 12 meses, de abril de 2016 a março de 2017, a indústria de material elétrico e de comunicações registrou 9,7 mil contratações formais e 8,2 mil demissões, um saldo de 1,5 mil novas vagas no período. Quando avaliado março, o desempenho do setor cai com o encerramento de 320 vagas.
De acordo com sondagem da Associação Brasileira da Indústria Elétrica e Eletrônica (Abinee), realizada em fevereiro, a maioria das empresas espera aumentar sua produção em 2017. De acordo com a pesquisa, 45% das consultadas acreditam na ampliação da atividade industrial este ano. Deste total, 10% das empresas têm a intenção de realizar o aumento no primeiro trimestre; 35%, no segundo trimestre e 55%, no segundo semestre deste ano.
Encomendas
O levantamento também indicou melhora nas vendas e encomendas do setor. De acordo com a sondagem, 37% das consultadas apontaram crescimento nas vendas em fevereiro, em relação ao mesmo período do ano anterior. Outras 37% indicaram queda no indicador.
Segundo a Abinee, esta foi a primeira vez, desde janeiro de 2015, que o percentual de empresas com queda nas vendas não foi superior ao das que obtiveram crescimento.
Para o presidente da Abinee, Humberto Barbato, o resultado vai ao encontro do Índice de Confiança do Empresário Industrial (Icei), divulgado pela Confederação Nacional da Indústria (CNI), que apontou, em março, o aumento da confiança do setor produtivo. “Os recentes indicadores demonstram que iniciamos uma tendência de recuperação”, afirma.
Para as empresas fabricantes de bens de Informática e Telecomunicações, as expectativas são favoráveis para 2017, após o fraco desempenho apontado em 2016, avalia a associação.
Segundo a CNI, a expectativa de queda da inflação contribuiu para o otimismo do consumidor. Por outro lado, ainda existem fatores que continuam inibindo a retomada do consumo, como a permanência de endividamento, pouca confiança na melhora da renda e da situação financeira do consumidor.
Fraco desempenho
Na outra ponta, o comércio varejista é responsável pelo encerramento de 1,8 mil vagas no primeiro trimestre no Amazonas. Nos últimos 12 meses, o saldo é de 2 mil postos de trabalho a menos.
A construção civil também amarga resultados ruins na geração de empregos com o corte de 1,3 mil vagas no trimestre e 2,6 mil em 12 meses.
O setor de serviços no Amazonas apresentou saldo negativo no primeiro trimestre de 984 postos de emprego e de 5,4 mil nos últimos 12 meses. Transporte e comunicações e serviços de alojamento, alimentação, reparação, manutenção e redação são as atividades que mais influenciaram no resultado geral do setor, com 21,3 mil e 2,5 mil vagas encerradas em 12 meses e 439 e 458 postos a menos no trimestre.
Fonte: Portal D24am.com