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Movimentação de cargas portuárias cai 8% no AM

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22/06/2017

Reportagem publicada no Jornal do Commercio

No período de janeiro a abril deste ano o Amazonas teve queda de 8,9% na movimentação de cargas portuárias, em relação a igual período do ano anterior. Nos primeiros quatro meses o Estado transportou 7.693.751 toneladas de cargas fluviais. Enquanto em 2016 esse número chegou a 8.446.022 de cargas movimentadas. Os números foram divulgados pela Antaq (Agência Nacional de Transportes Aquaviários). Para o Sindarma (Sindicato das Empresas de Navegação Fluvial no Estado do Amazonas), a redução no volume transportado é atribuída à mudança na rota dos grãos com destino à exportação, que anteriormente embarcavam no porto do município de Itacoatiara (distante 176 quilômetros) de onde seguiam para o exterior. Agora, o granel segue viagem a partir dos portos paraenses. A liberação na importação do combustível também afetou os resultados.

Conforme o levantamento da Antaq, no quadrimestre, a carga que teve maior redução no volume movimentado foi o granel sólido com pouco mais de 2,8 milhões de toneladas, o que representa diminuição de 19,7% em comparação aos primeiros meses de 2016. O granel líquido e gasoso, o que corresponde aos combustíveis, também registrou queda no período, com o transporte de 2,7 milhões de produtos e diminuição de 6,2% em relação ao movimento de iguais meses do ano anterior.

Segundo o vice-presidente do Sindarma, Claudomiro Carvalho, a alteração na rota da exportação dos grãos, principalmente da soja, mudou e a carga que segundo ele, antes embarcava no porto de Itacoatiara para seguir viagem, agora, tem destinação a partir do Estado do Pará (PA).

"Houve uma mudança na rota e parte dessas cargas descem o rio Madeira e são exportadas por meio dos portos localizados nas cidades de Santarém e Barcarena, pelo Porto de Vila do Conde. Vale citar, também, que somente as cargas com destino às exportações passam pelo Amazonas. Os grãos destinados ao mercado interno não passam pelo Estado", informou.

Carvalho também explica que a crise econômica afetou o consumo do combustível, apesar de o agronegócio depender significativamente da matéria-prima. Outro fator negativo e que também abate o volume de cargas portuárias transportadas, conforme o empresário, é a permissão que as distribuidoras têm para importar o combustível.

"Temos duas termelétricas que operam para a geração de energia elétrica e o agronegócio. São duas fontes que necessitam do combustível para dar resultados, mas foram afetados pela crise. No segundo semestre de 2016 o governo liberou a importação do combustível e parte desse recurso agora chega por meio de barcaças à Manaus e Itacoatiara".

Dentre as instalações portuárias que apresentaram as maiores quedas no volume de cargas movimentadas estão: Porto Chibatão com 976,9 toneladas transportadas

(-27,32%); Terminal Graneleiro Hermasa registrou 2,7 milhões de cargas fluviais transportadas (-20%); e Terminal Aquaviário Solimões - Coari movimentou 460 mil toneladas de mercadorias (-16%).

Os terminais que tiveram crescimento no transporte de produtos foram: Super Terminais Comércio e Indústria, transportou carga bruta de 667,2 mil em carga bruta (384,4%); J.F. de Oliveira, que movimentou 114,5 mil cargas (19,5%); e Terminais Fluviais do Brasil, com transporte de 838,2 mil em mercadorias (19%).

Setor portuário teve crescimento no país

A nível nacional, o setor portuário movimentou 245,5 milhões de toneladas no primeiro trimestre de 2017, o que representou um aumento de 5% em relação ao mesmo período de 2016, totalizando um acréscimo de 11,8 milhões de toneladas.

Conforme a assessoria de comunicação da Antaq, o cenário nacional demonstrou sinais de melhora quanto a expectativa de inflação e a atividade econômica nos três primeiros meses de 2017. O desempenho do setor portuário brasileiro, nesse período, foi afetado principalmente quanto a movimentação de commodities, com crescimento de 9% no grupo de minérios e 31,8% em sementes e frutos oleaginosos.

Em relação aos TUPs (Terminais de Uso Privado), houve um aumento no primeiro trimestre, em relação ao mesmo período do ano passado, com incremento de 9,1%, encerrando uma sequência de três quedas seguidas, no comparativo trimestral, em sua movimentação. Já os portos organizados apresentaram queda de 2,4% no primeiro trimestre de 2017, quando comparado com o mesmo trimestre de 2016.

No primeiro trimestre de 2017 os portos organizados movimentaram 80,7 milhões de toneladas. Enquanto os TUPs movimentaram 164,8 milhões de toneladas

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