25/09/2018
Notícia publicada pelo Em Tempo Online
A estimativa de instituições financeiras para
a inflação neste ano subiu pela segunda vez
seguida. De acordo com pesquisa do Banco
Central (BC), divulgada às segundas-feiras, o
Índice Nacional de Preços ao Consumidor
Amplo (IPCA) deve ficar em 4,28%.
Na semana passada, a projeção estava em
4,09%.
Para 2019, a projeção da inflação também
subiu: de 4,11% para 4,18%. Para 2020, a
estimativa segue em 4% e, para 2021, passou
de 3,92% para 3,97%.
A projeção do mercado financeiro ficou mais
próxima do centro da meta deste ano, que é
4,5%. Essa meta tem limite inferior de 3% e
superior de 6%. Para 2019, a meta é 4,25%,
com intervalo de tolerância entre 2,75% e
5,75%.
Já para 2020, a meta é 4% e 2021, 3,75%,
com intervalo de tolerância de 1,5 ponto
percentual para os dois anos (2,5% a 5,5% e
2,25% a 5,25%, respectivamente).
Taxa básica
Para alcançar a meta de inflação, o Banco
Central usa como instrumento a taxa básica
de juros (Selic), atualmente em 6,5% ao ano.
De acordo com o mercado financeiro, a Selic
deve permanecer em 6,5% ao ano até o fim
de 2018.
Para 2019, a expectativa é de aumento da
taxa básica, terminando o período em 8% ao
ano e permanecendo nesse patamar em 2020
e 2021.
Quando o Comitê de Política Monetária
(Copom) aumenta a Selic, a meta é conter a
demanda aquecida, e isso causa reflexos nos
preços porque os juros mais altos encarecem
o crédito e estimulam a poupança.
Quando o Copom reduz a Selic, a tendência é que o crédito fique mais barato, com incentivo à produção e ao consumo, reduzindo o controle da inflação.
A manutenção da taxa básica de juros, como prevê o mercado financeiro este ano, indica que o Copom considera as alterações anteriores suficientes para chegar à meta de inflação.
Crescimento econômico
As instituições financeiras revisaram a
estimativa para o crescimento do Produto
Interno Bruto (PIB), soma de todos os bens e
serviços produzidos no país.
Para 2018, a previsão passou de 1,36% para
1,35% e, para o próximo ano, permanece em
2,5%.
Câmbio
A expectativa para a cotação do dólar subiu
de R$ 3,83 para R$ 3,90 no fim deste ano, e
de R$ 3,75 para R$ 3,80, ao término de
2019.
Na última sexta-feira, o dólar fechou o dia cotado a R$ 4,0477 para venda, com baixa de 0,59%.