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Menor fluxo de carga aérea

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17/10/2018

Notícia publicada pelo Jornal do Commercio

O Aeroporto Internacional de Manaus - Eduardo Gomes registrou queda de 7,19% no número de cargas de janeiro a agosto deste ano, em relação ao mesmo período do ano passado, segundo dados da Infraero (Empresa Brasileira de Infraestrutura Aeroportuária. Conforme o levantamento, o Teca (Terminal de Logística e Carga) um total de 19.261 toneladas de mercadorias passaram pelo local de janeiro a agosto. Enquanto foram registradas 20.754 no ano anterior.

A modalidade de importações contabilizou 17.770 toneladas no período com queda de 6% em relação a 2017 e 1.490 toneladas para as exportações com queda de 22,41%.

Neste quarto trimestre, 7,9 milhões de passageiros embarcaram e desembarcaram em Manaus, houve uma leve alta de 2,65% que representa 206 mil passageiros a mais no fluxo em relação a 2017.

Em declaração no primeiro bimestre deste ano, o presidente da empresa, Abibe Ferreira Júnior, estimou um crescimento no volume das atividades no Aeroporto Internacional de Manaus creditando a projeção como principal fator, a Copa do Mundo que seria um período favorável para o setor. Mas o resultado ficou abaixo do esperado.

Ao analisar os números, o coordenador da Comissão de Logística do Cieam, Augusto Cesar Barreto, considera alguns fatores importantes. A primeira delas seria a variação sazonal.

“A redução da atividade nos produtos de maior valor agregado também pode ter refletido nos dados. Além da redução em peso. Não podemos esquecer da redução da atividade econômica também, que inviabiliza muitos serviços”. Outro fator ressaltado por Barreto é a redução da competitividade do modal aéreo para uso nas atividades do PIM (Polo Industrial de Manaus).

A redução no nível de exportação foi motivada em função da instabilidade do mercado, é o que o gerente-executivo do CIN-AM (Centro de Negócios do Amazonas), Marcelo Lima avalia. De certa forma acarreta o fluxo aéreo. “A Argentina maior parceiro, têm problemas de ordem econômica, a Colômbia manteve as compras do Brasil em conta estável. Existe alguma mercadoria como o nióbio que devem ter tido redução. Os terminais Teca 2 e 3 movimentam um fluxo dos produtos de menor volume”. As importações tiveram retração em função do câmbio, com a disparada do dólar. “Favorece o exportador, mas não beneficia quem importa”.

Baixo investimento

Para o economista Hélio Pereira, o resultado é realmente frustrante e reforça um cenário que já perdura há algum tempo com o fator desemprego. “Quem vai se endividar sem uma renda? Não há perspectiva de melhoria e vários setores não obtiveram o resultado esperado. O aumento de gastos também resultam nesse reflexo”, avaliou o economista destacando que o empresário investe, mas precisa ter retorno do investimento. Além desse aspecto Hélio Pereira sustenta que jamais o empresário vai colocar dinheiro no momento de total desordem que o país apresenta.

“Quando faz investimento ele quer produzir renda. ‘Se falarmos de transporte o nosso, precisa de 32 dias de estoque senao, nao tem compromisso de entrega da mercadoria”. Outro fator analisado pelo economista é o aumento das taxas absurdamente elevadas impostas pela Infraero. Ele exemplifica algumas taxas que subiram 300% e que várias ações contra a empresa estão na Justiça. Ele aproveita para ressaltar que a dificuldade econômica do país perdura. “Reforma trabalhista, reforma política e uma crise instalada sem expectativa de melhoria. Período de eleição é bem mais complicado. Com a economia desacelerada as empresas produzem menos e consequentemente deixam de viajar e usar os terminais de carga.

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