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Indústria mantém otimismo cauteloso

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16/01/2019

Notícia publicada pelo Jornal do Commercio

Os números negativos registrados pelas linhas de produção do Amazonas na mais recente pesquisa do IBGE (Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística), causaram estranheza às lideranças do PIM (Polo Industrial de Manaus). Fontes ouvidas pelo Jornal do Commercio descartam a possibilidade de que a perda de ritmo nas linhas de produção detectada pelo órgão de pesquisas federal seja uma tendência e mantêm um otimismo cauteloso para 2019.

Conforme o IBGE, houve queda de 3,5% na produção industrial do Amazonas entre outubro e novembro de 2018, e de 2% em relação ao resultado computado em novembro de 2017. O tropeço não foi grande o suficiente, contudo, para tirar o saldo dos acumulados do ano (+6,2%) e dos 12 meses (+6,8%) do terreno positivo.

Os números foram puxados para baixo em seis dos subsetores pesquisados mensalmente pelo IBGE. Borracha e material plástico (garrafas, garrafões e peças plásticas) foi o que teve o pior número (-21,3%), seguido por fabricação de máquinas e equipamentos (ar-condicionados split e central), que encolheu 21,2%. Máquinas, aparelhos e materiais elétricos (disjuntores, alarmes, conversores e baterias) caiu 19,5% e a divisão de impressão reprodução e gravações (discos fonográficos) encolheu 16,3%.

"Não entendo. A informação que tenho é que a maior parte dos segmentos do PIM, inclusive os polos eletroeletrônico e de bens de informática, tiveram desempenho positivo nesse período", declarou o presidente do Sindicato das Indústrias Metalúrgicas, Mecânicas e de Material Elétrico de Manaus, Nelson Azevedo.

"É claro que essa é uma situação que deve ser analisada caso a caso. Mas, não sei como os números das linhas de produção de condicionadores de ar podem estar em queda. Os Estados do Sul do país estão com temperaturas altas e comprando muito do PIM, com bons resultados para o segmento plástico", emendou o presidente do Simplast (Sindicato das Indústrias de Material Plástico de Manaus), Cláudio Barrella.

Na avaliação dos dirigentes, as perspectivas são boas para o setor no médio prazo. "A indústria nunca teve um clima de otimismo tão forte, graças ao novo governo", salientou Barrella.

Duas rodas

Os melhores resultados da indústria amazonense, em novembro de 2018, foram colhidos nas linhas de produção de produtos de metal (aparelhos de barbear, tampas, estruturas de ferro), que avançaram 25,6%. A indústria extrativa (gás natural) teve incremento de 14%; e divisão de Outros Equipamentos de Transporte (peças para motocicletas e motocicletas) subiu 10,2%.

De acordo com o presidente da Fieam (Federação das Indústrias do Estado do Amazonas), Antonio Silva, a expansão da atividade nas montadoras de motocicletas se deve, em grande parte, ao cadastro positivo, que permitiu melhor acesso dos consumidores ao financiamento -uma pré-condição primordial para a aquisição de um produto de alto valo agregado -e crescimento contínuo do polo de duas rodas, nos últimos 12 meses.

Silva ressalva que, embora esteja confiante que o setor alcançará números melhores no segundo semestre de 2019, a redução do ritmo de atividades no final de 2018 já era esperada. "É aquilo que eu digo: não podemos soltar foguetes tão cedo, em razão de sazonalidades. Os números positivos dos eletroeletrônicos foram puxados, em grande parte, pelos jogos da Copa. Houve uma melhora também para o segmento de bebidas, mas principalmente em função das festas de fim de ano", comentou.

Ranking nacional

Na pesquisa do IBGE, o Amazonas registrou a segunda maior retração entre outubro e novembro, perdendo apenas para Goiás (-6,2%), e a quarta maior na comparação entre novembro de 2018 e igual mês do ano anterior -perdendo para Goiás (-14,2%), Rio de Janeiro (-5,5%) e São Paulo (-3,4%).
Mas, na análise do IBGE-AM, o desempenho mais fraco em novembro também não impediu que a indústria local ainda apresente números superiores à média nacional.

"O acumulado até o mês onze, coloca o Amazonas com a quarta melhor posição entre os Estados. Nesta comparação, a liderança cabe ao Pará, onde a indústria cresceu até novembro 9,9%. A média de crescimento do país ficou em 1,5%", salientou o supervisor de disseminação de informações do IBGE-AM, Adjalma Nogueira Jaques, no texto distribuído à imprensa.

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