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Indústria espera custos menores

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23/06/2016

Com a desaceleração do ICI (Indicador de Custos Industriais), que registrou 2,2% no primeiro trimestre de 2016 comparado ao último trimestre ao ano anterior, entidades acreditam que, apesar de menor, o índice representa alerta. No último trimestre de 2015 a expansão havia sido de 3,2% em relação ao terceiro trimestre daquele ano. As informações foram divulgadas nesta terça-feira (21) pela CNI (Confederação Nacional da Indústria).

De acordo com o presidente do Cieam (Centro da Indústria do Estado do Amazonas) Wilson Périco, os custos industriais continuam subindo, mas em ritmo menor do que comparado a 2015. "Mesmo em ritmo menor o indicador é preocupante dentro de um cenário recessivo", avalia. Para ele, será positivo para a esfera econômica quando não houver o aumento somados a atividade recessiva.

A desaceleração dos custos no começo de 2016 se deve em grande parte à menor intensidade de crescimento do custo com bens intermediários, que apresentou expansão de 1,1% no trimestre e cresceu abaixo da média dos custos industriais. Os custos de produção, formados por despesas com pessoal, com energia e com bens intermediários, cresceram 1,7% no primeiro trimestre deste ano.

"A desaceleração dos custos com bens intermediários é resultado da queda dos preços dos insumos importados e da redução do ritmo dos aumentos dos insumos nacionais", afirma a CNI. Os preços de bens intermediários importados recuaram -1,9% e os dos nacionais tiveram alta de 1,7%, no primeiro trimestre deste ano em relação ao quarto trimestre de 2015.

O crescimento foi puxado pela alta de 8,7% nos custos com energia, de 5,7% nos custos com capital de giro e de 4,2% no custo tributário. Os números são em comparação com primeiro trimestre contra o quarto trimestre de 2015. Para Périco, o governo precisa de ações para dar fôlego ao setor. "Não adianta mudar da noite para o dia, é necessário adotar medidas cabíveis para corrigir uma série de outras equivocadas. São ações que devolvam a credibilidade da indústria, resgatando o investidor e dando segurança aos empregados", comenta.

De acordo com o relatório, o custo com capital de giro apresenta crescimento desde o terceiro trimestre de 2014 e aumentou 5,7% em 2016. As altas persistem, mesmo com a interrupção dos aumentos na taxa básica de juros da economia. "Isso pode ser consequência da crise econômica, na medida em que a situação financeira das empresas se deteriora e aumenta o risco de inadimplência em empréstimos bancários", analisa a CNI.

Lucro e competitividade

No primeiro trimestre de 2016 a indústria conseguiu repassar a alta para os preços, o que mostra estabilidade na margem de lucro do setor. De acordo com a CNI, no entanto, o resultado prejudica a competitividade brasileira no mercado externo.

Enquanto os custos industriais subiram, o preço dos bens manufaturados importados em reais caiu 2,3% e o preço dos manufaturados nos Estados Unidos permaneceu constante. Dessa forma, o aumento de 2,2% dos custos industriais brasileiros no primeiro trimestre sugere perda de competitividade das exportações industriais brasileiras.
"Não podemos tratar como oportuno a variação cambial porque para atuar no mercado é necessária política de governo. Isso significa investimento em infraestrutura e maior competividade, que não temos hoje", disse Périco ao destacar, que a balança comercial brasileira exporta e importa matéria-prima. Mesmo com a desaceleração, segundo a CNI, o custo industrial neste primeiro trimestre aumentou 12,3% em relação a igual período do ano anterior.

Indústria do AM apresenta queda

O Amazonas apresentou queda na produção industrial de 13,5% no mês de abril, em relação aos resultados obtidos em março, segundo o IBGE (Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística). A nível nacional, o percentual negativo foi o de maior expressão e o Estado ainda ganhou destaque com a retração de 21,3%, o segundo pior resultado quando comparado a abril de 2015. Na avaliação dos empresários do setor, os números decadentes correspondem ao atual cenário produtivo no PIM (Polo Industrial de Manaus).

Fonte: JCAM

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