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Greve dos auditores da Receita deixa empresas de Manaus e Boa Vista sem papel-jornal

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25/10/2016

Ao menos seis jornais periódicos de Manaus e Boa Vista (RR) podem ficar sem o fornecimento de papel-jornal nesta semana, caso não sejam liberados sete contêineres do porto Chibatão que guardam a carga. Elas estão paralisadas por conta da greve dos auditores fiscais da Receita Federal, há 25 dias completados nesta segunda-feira (24).

Os fornecedores apontam prejuízos pelo custo diário de R$ 1 mil, pago ao terminal alfandegário por cada contêiner que fica parado sem as devidas fiscalizações, de responsabilidade dos auditores fiscais. O insumo vem diretamente do Canadá, na América do Norte.

O gestor de cadeia logística, Maico Monte, informou que na empresa onde trabalha com o fornecimento de papel-jornal, o estoque atual vai durar até o dia 28 de outubro. “Estamos procurando reduzir o volume de vendas e já conversamos com as empresas de imprensa que atendemos para reduzirem as suas tiragens, a fim de evitar a falta de papel nos próximos dias”, explicou.

Maico observou que em condições normais, a carga era liberada num período de no máximo uma semana. Mas, com a declaração de “meta zero”, dos auditores, para a liberação de produtos não essenciais, o papel-jornal não é conferido. Os auditores estão atuando com uma cota mínima de 30% da atividade, liberando apenas cargas prioritárias como remédios, alimentos, animais vivos e cargas perigosas.

A greve nacional dos auditores fiscais da Receita será intensificada na próxima terça (25) e quarta-feira (26), quando a maior parte dos servidores não irá comparecer aos postos de trabalho. O movimento passou de mobilização para greve no último dia 18, 19 e 20, em regime temporário. Mas, com as indefinições na Câmara Federal sobre o projeto de lei que beneficia a categoria, a greve ganhou volume com a integração de 81 delegacias espalhadas pelo Brasil.

Nos terminais alfandegários de Manaus já são 4,7 mil contêineres parados, segundo dados do Centro da Indústria do Estado do Amazonas (Cieam), levantados na última sexta-feira (21). A entidade deu entrada em mandato de segurança na Justiça, para evitar prejuízos às indústrias associadas ao Cieam.

Conflito

O auditor fiscal do porto Chibatão, Frederico Castello Branco, disse que “o governo federal enviou o projeto de lei, à Câmara, desfigurado por foças políticas ocultas que não são de interesse da sociedade, que só priorizam o cargo de apoio”. Frederico explicou que o cargo de analista tributário, foi criado para dar apoio aos auditores fiscais, mas agora a categoria busca no projeto ter as mesmas autoridades do auditor fiscal.

“A autoridade de auditor não é um bônus e sim um ônus. Se eu errar uma decisão a minha cabeça vai rolar. A responsabilidade de tomar decisão é sempre do auditor fiscal e agora os analistas querem autoridade para abrir caixa sobre a nossa supervisão. É uma situação que a gente não vai aceitar de jeito nenhum”, salientou o auditor fiscal.

Fonte: Amazonas Em Tempo

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