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Desburocratização é chave para negócios

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19/07/2019

Notícia publicada pelo Jornal do Commercio

Marcelo Peres

Lideranças do Amazonas veem com bons olhos as medidas econômicas anunciadas pelo governo Jair Bolsonaro (PSL-SP), principalmente sobre a desburocratização da pesada máquina pública, considerada hoje um dos maiores gargalos para impulsionar a atividade econômica em todo o país.

Outra ação que anima o empresariado local é a liberação do saque das contas do FGTS (Fundo de Garantia por Tempo de Serviço) que deve injetar pelo menos R$ 50 bilhões na economia brasileira em breve. Bolsonaro confirmou, ontem, que os recursos serão liberados na próxima semana ao fazer um balanço dos 200 dias de governo em cerimônia no Palácio do Planalto, em Brasília.

O Ministério da Economia precisa ainda fazer alguns ajustes antes de delibera r sobre o assunto e toda a equipe econômica continua debruçada avaliando possíveis impactos das novas mudanças. Na cerimônia, o presidente também assinou o decreto que regulamenta o Selo Arte, permitindo a liberação da venda de produtos de origem animal e artesanais em todo o país.

Em geral, empresários de praticamente todos os segmentos do Estado avaliam como muito positiva as novas medidas, mas lideranças políticas analisam com reserva as ações e preferem esperar para se manifestar posteriormente, "É ver pra crer". Esse é o sentimento de parte dos grupos políticos consultados. Para o vice-presidente da Fieam (Federação das Indústrias do Estado do Amazonas), Nelson Azevedo, toda e qualquer medida que venha reduzir a pesada burocracia existente no Brasil tende a alavancar a economia.

"Isso é bom não só para a Zona Franca, como também para o resto do pais", diz o empresário. Segundo Azevedo, o parque industrial de Manaus perde hoje muito em termos de atração de novos investimentos em função de entraves burocráticos que afugentam novos capitais.

Alguns negócios migram para países como Paraguai, Bolívia, Peru, entre outros da América do Sul, porque esses mercados oferecem uma maior contrapartida para eventuais investidores nacionais e estrangeiros. "Avalio que essas novas medidas vêm realmente para impulsionar a nossa economia. E vejo ainda que começa a voltar a confiança de todos os segmentos produtivos com o novo governo", acrescenta Azevedo.

Ele estima que a produção e o consumo de bens duráveis na 7PM (Zona Franca de Manaus) devem ganhar um novo fôlego com a liberação dos recursos do FGTS, a partir da próxima semana. "Com mais dinheiro na mão, a população terá mais condições de comprar e a indústria também poderá produzir ainda mais para atender à demanda", afirma. O presidente do Sinduscon-AM (Sindicato da Construção Civil do Amazonas), Frank Souza, também compartilha do entendimento de que as medidas de Bolsonaro vêm para melhorar a economia.

"Com certeza, nosso país precisa ganhar um novo fôlego para prosperar. Vemos que tanto o presidente quanto a sua equipe ministerial são muito proativos e devem dar um maior impulso às atividades econômicas no Brasil", afirma o sindicalista. Frank Souza faz, porém, uma ressalva sobre a liberação dos recursos do FGTS, anunciada para a próxima semana pelo presidente Jair Bolsonaro. "Num primeiro momento, será bom porque a população terá dinheiro no bolso para gastar. Mas é apenas um alivio momentâneo. A outra parte, que vejo como não positiva, é que esses recursos, tão importantes para o setor da construção civil, podem ser direcionados para outros segmentos que não o de construção e aquisição de imóveis", avalia.

O presidente da Faea (Federação da Agricultura e Pecuária do Amazonas), Muni Lourenço, avalia que as novas medidas eco-nômicas implementadas e propostas pelo governo Bolsonaro são muito oportunas, principalmente agora com a liberação da venda de produtos de origem animal e artesanais através do Selo Verde para todo o país. "E ainda sobretudo para viabilizar o equilíbrio das contas públicas, a retomada do desenvolvimento econômico e a desburocratização do ambiente de negócios no mercado", afirma ele.

Segundo Lourenço, em re-lação às atividades do agronegócio, a regulamentação dos produtos artesanais traz simplificação e segurança jurídica para os empreendimentos de pequeno porte. "Esses setores menores são altamente gera-dores de empregos e renda no campo", acrescenta a liderança.

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