25/05/2017

Reportagem publicada pela Rede Tiradentes

A exoneração da ex-deputada e economista Rebecca Garcia (PP), da Superintendência da Zona Franca de Manaus (SUFRAMA), publicada na edição do Diário Oficial da União dessa quarta-feira (24), repercutiu na Assembleia Legislativa do Amazonas (ALEAM). Para maioria dos deputados, a saída de Rebecca teve motivação política.

Nas palavras do socialista Serafim Corrêa, Rebecca Garcia foi exonerada em represália à posição adotada pela deputada federal, pelo Amazonas, Conceição Sampaio (PP), que votou contra a reforma trabalhista proposta pelo presidente Michel Temer (PMDB).

Para Serafim Corrêa, que é economista, mudar o comando da SUFRAMA – que é a principal agência desenvolvimento do Estado – utilizando critérios políticos, traz graves prejuízos à economia.

Serafim Correa também criticou as nomeações que já foram feitas pelo governo federal, como dos dois novos superintendentes adjuntos Paula Andrea Soares, para o cargo de superintendente adjunta de Projetos, e Bruno Monteiro Lobato, para o cargo de superintendente adjunto de Operações.

A deputada Alessandra Campelo, do PMDB, o partido do senador Eduardo Braga, considerado padrinho político da ex-superintendente Rebecca Garcia, compartilha do mesmo pensamento do socialista Serafim Corrêa.

Entretanto, conseguiu ver um lado positivo na saída de Rebecca Garcia da SUFRAMA. O fato do PMDB agora ter um nome para compor uma possível chapa do partido na eleição suplementar para o Governo do Estado.

Outros dois deputados estaduais fizeram discursos contundentes contra a exoneração de Rebecca Garcia. Adjuto Afonso (PP), mesmo partido da ex-superintendente, e Dermilson Chagas (PEN).

Também na manhã da quarta-feira, Rebecca Garcia convocou servidores e colaboradores da SUFRAMA para uma reunião de despedida, no auditório da autarquia. Ela afirmou que a exoneração foi uma surpresa, mas que não poderia deixar o cargo sem agradecer a todos.

Rebecca Garcia foi nomeada para a Superintendência da Zona Franca de Manaus no dia 23 de outubro de 2015 e ficou no cargo por sete meses.

Informações ainda não confirmadas pelo Ministério da Indústria, Comércio Exterior e Serviços (MDIC) confirmam a substituição de Rebecca por Appio Tolentino, secretário adjunto de planejamento no governo Omar Aziz.