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Crise econômica na Venezuela afeta setor de exportação do Amazonas

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26/07/2017

Reportagem publicada no portal Acrítica.com.br

As exportações do Amazonas caíram 6% no primeiro semestre deste ano em comparação ao mesmo período do ano passado, equivalendo a US$ 283,9 milhões. Uma das causas é a crise econômica na Venezuela que era um dos principais compradores do Brasil. Enquanto isso as importações aumentaram em torno de 39%, equivalendo mais US$ 3,9 bilhões em produtos, conforme o Ministério do Desenvolvimento, Indústria e Comércio Exterior (MDIC).

O resultado veio como um dos piores resultados da balança comercial, no primeiro semestre do ano passado as exportações somaram US$ 303,7 milhões e as importações, US$ 2,8 bilhões, ainda segundo o ministério.

A crise econômica na Venezuela está impactando na balança comercial brasileira, no primeiro semestre de 2016 o Amazonas exportou US$ 53,9 milhões, representando saldo de (17%), enquanto que neste ano ficou 4% nas vendas, no montante de US$ 11,5, uma queda significativa de 78%.

Os principais importadores foram China, Coréia do Sul, Estados Unidos, Taiwan e Vietnã. Os principais parceiros de exportação foram Colômbia, Estados Unidos e México. A Colômbia, por exemplo, foi um dos principais compradores com US$ 71 milhões nos seis primeiros meses deste ano representando um aumento de 25%.

Entre os produtos mais vendidos no primeiro semestre estão preparações para elaborações de bebidas, motocicletas, lâminas e aparelhos de barbear.

Para o economista Wallace Meirelles, essa situação ajuda a controlar a inflação, mas também tende a aumentar o desemprego e não favorece a retomada do crescimento da economia.

“Isso é o descompasso de nossa economia brasileira. No caso do Amazonas, pela falta de estímulo da política para a exportação. Somos grandes importadores de insumos e outros componentes industriais, exemplo disso é a China da qual importamos mais de 30%, mais abaixo Coréia do Sul, Estados Unidos e outros que totalizam mais 80% do total. Enquanto as exportações, os três primeiros países totalizam cerca de 50% do total. É gigantesco o déficit da balança do Amazonas. Para o Estado significa que o pólo industrial está voltando a crescer, mas isto causa impacto no balanço de pagamento brasileiro. Há pouco tempo atrás, 61% dos insumos vinham do exterior, o que desagrada os que comandam a política econômica brasileira”, explica.

O fato de comprar produtos de outros países e ainda ter que pagar o frete por eles Wallace explica que pode baratear ou encarecer. “Infelizmente este é o custo do Brasil, pois nossa logística, emaranhado de legislação e terrível burocracia dificultam o processo. Por outro lado, esses países produzem uma variedade de insumos e componentes a baixos custos. Ressalta - se que o Brasil não produz certos insumos”.

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