25/09/2018
Notícia publicada pelo Em Tempo Online
Pelo segundo ano consecutivo, o
sistema de rastreabilidade para a cadeia do
guaraná no Amazonas é validado pelo
Instituto de Manejo e Certificação Florestal e
Agrícola (Imaflora). A aferição é a garantia
de que 100% do guaraná utilizado pela Coca-Cola
Brasil em seus produtos é proveniente
do Amazonas, sendo boa parte da produção
originária da agricultura familiar.
De acordo com o Imaflora, a rastreabilidade
dessa cadeia possibilita identificar os
produtores que cultivam o guaraná, os
volumes produzidos de semente torradas,
bem como o controle dos embarques
realizados em cada município fornecedor.
Evitando-se, portanto, os riscos de adição de
guaraná proveniente de outras regiões do
país.
“A partir das informações fornecidas pelo seu
sistema de rastreabilidade, a Coca-Cola
Brasil demonstrou possuir ferramentas,
processos de controle e monitoramento que
permitem comprovar que o guaraná
adquirido pela empresa provém do Estado do
Amazonas”, explica Edson Teramoto,
agrônomo do Imaflora.
Como funciona
Para implementar o sistema de
rastreabilidade no Amazonas a Coca-Cola
Brasil contou com o apoio do Imaflora na
elaboração do conceito da rastreabilidade e
na concepção inicial do projeto, conforme
explica Teramoto.
“A Coca-Cola Brasil desenvolveu um
aplicativo que é um banco de dados de
produtores e realizou um teste de campo em
Urucará somente para verificar o
funcionamento do método na prática. Esse
processo gerou melhorias que foram
incorporadas ao sistema de rastreamento”.
Todo esse processo passou pela verificação
do Imaflora. “Entrevistamos produtores, a
própria Coca-Cola Brasil, vistamos
plantações, avaliamos a cooperativa e
checamos todos os procedimentos propostos
no teste, desde o produtor até a fábrica que
recebe e processa o guaraná”, explica.
Ao final, além da validação do sistema, por
meio do Relatório de Avaliação de
Rastreabilidade, o Imaflora constatou que o
sistema apresentou melhorias em relação ao
primeiro ano e já aponta para um avanço do
processo de rastreabilidade da cadeia de
guaraná no Amazonas.
Apoio técnico e estruturação
O sistema de rastreabilidade vai além de
mapear e monitorar a cadeia. De acordo com
o agrônomo João Carlos Santos, especialista
em agricultura para o Amazonas da CocaCola
Brasil, o sistema também incentiva a
agricultura familiar, as boas práticas de
gestão e a produção com foco no plantio
sustentável do fruto na região. Isso porque a
rastreabilidade é feita em toda a cadeia e
Produtores que cultivam o guaraná, | Foto: Márcio Melo
conta com a participação dos produtores que
recebem orientações técnicas para o cultivo e
boas práticas do guaraná.
“A primeira etapa da rastreabilidade é o
cadastro dos produtores. Durante todo o ano
visitamos esses produtores para verificarmos
como anda a produção, quais os cuidados
que estão tendo com os guaranazais e se
estão fazendo os manejos. Ajudamos com
orientações técnicas visando uma melhor
produção”, destacou.
A rastreabilidade da cadeia
gera oportunidades para os produtores e a
companhia. Um dos pontos apresentados
pelo relatório da Imaflora foi o de empoderar
as cooperativas e associações. Isso porque o
processo de rastreabilidade organiza a cadeia
por meio da utilização de documentação e
procedimentos que integram o sistema de
rastreabilidade implantado pela Coca-Cola
Brasil definindo as regras, as etapas do
processo e as responsabilidades dos agentes.
Na visão do produtor José Raimundo
da Silva, que reside na Comunidade
Liberdade, em Maués, essa organização
reflete no bom preço do guaraná e na
qualidade do produto.
"Nos últimos anos conseguimos vender o
guaraná por um preço muito melhor. A gente
tem que acreditar nas pessoas que trazem as
boas informações e a organização para gente.
Tenho certeza que o conhecimento que
trazem é para a gente melhorar. E só vamos
aperfeiçoar o trabalho com a organização",
comenta.