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Auditores dizem que Fazenda garantiu acordo salarial, mas mantêm operação padrão

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21/07/2016

Auditores fiscais da Receita Federal informaram, nesta quarta-feira (20), que o Ministério da Fazenda se comprometeu a cumprir acordo salarial firmado em março deste ano. O acordo prevê reajuste de 21,3% em quatro anos, dos quais 5,5% seriam pagos já a partir de agosto.

Como o projeto de lei do aumento ainda não foi enviado ao Congresso Nacional, a categoria faz operação padrão desde o dia 14 deste mês, deixando a liberação de cargas e de bagagens nas fronteiras, nos portos e aeroporto de Manaus mais lentas.

Ao menos 400 auditores fiscais de Manaus aderiram à operação padrão. Nas unidades da Receita Federal, como delegacias e fronteiras, os auditores continuam cruzando os braços às terças e quintas-feiras, ainda por tempo indeterminado.

Cláudio Damasceno, presidente do Sindicato Nacional dos Auditores Fiscais da Receita Federal (Sindifisco), disse que no encontro, o governo prometeu resolver a questão “nos próximos dias”, mas não esclareceu se o reajuste será assegurado por meio de medida provisória ou projeto de lei.

Mesmo sem definição, o presidente do Sindifisco considerou a reunião desta quarta “positiva”. Acrescentou, no entanto, que os auditores seguirão com a operação padrão.

De acordo com Damasceno, a Fazenda enviou à Casa Civil um texto prevendo o reajuste, mas não revelou ao Sindifisco o modelo adotado nem o conteúdo. Segundo ele, a preferência do governo é um projeto de lei, mas, nesse caso, pode não haver tempo hábil para pagar a primeira parcela do aumento em agosto. O acordo prevê ainda um bônus de R$ 3 mil, também a partir de agosto.

A mobilização dos auditores tem sido no desembarque de cargas e já aconteceu também no desembarque de bagagens de voos internacionais. Conforme o Sindifisco, nas segundas, quartas e sextas os auditores represam os créditos tributários que a União teria a receber.

Prejuízo

De acordo com o presidente do Centro da Indústria do Amazonas (Cieam), Wilson Périco, as atividades no Polo Industrial de Manaus (PIM) podem paralisar completamente, caso a greve dos auditores fiscais da Receita Federal perdure por mais algumas semanas.

“Entendemos o pleito dos servidores e o Cieam está tentando ajudar para que não cause mais problemas para a população. Mas se os produtos não chegam às fábricas no Distrito, não têm como serem produzidos. Se essa greve continuar nas próximas semanas, o PIM ficará paralisado”, comentou.

Périco destacou que se houver a paralisação no Distrito Industrial, devido à falta de mercadorias, os prejuízos por dia chegariam a US$ 233 milhões, já que o faturamento do PIM está em torno de US$ 7 bilhões por mês. Segundo ele, pelo menos 80 mil trabalhadores do Polo Industrial seriam afetados.

Fonte: Amazonas Em Tempo

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