CIEAM | Centro da Indústria do Estado do Amazonas CIEAM | Centro da Indústria do Estado do Amazonas

Notícias

Após readequar linhas de produção na crise, setor espera voltar a crescer

  1. Principal
  2. Notícias

21/02/2019

Notícia publicada pelo DCI

Ricardo Casarin

Empresas do setor têxtil investem em produtividade e esperam, neste ano, um cenário mais estável para voltar a crescer, após a variação cambial e a fraca recuperação econômica do País impactarem as margens em 2018.

“Readequamos a nossa capacidade instalada nos últimos três anos, implementando novos projetos de modernização e recomposição de margens para sermos competitivos. Estamos prontos para um salto de crescimento e do consumo”, afirma o presidente da Cedro Têxtil, Marco Antônio Branquinho.

Com sede em Belo Horizonte (MG), a empresa possui quatro fábricas, localizadas nas cidades de Sete Lagoas, Caetonópolis e Pirapora, e atua na produção de denims (jeans), brins e telas, entre outros. Branquinho conta que a expectativa para 2019 é positiva. “Começamos o ano otimistas, da mesma forma que iniciamos o ano passado, mas com mais prudência, querendo ver medidas mais concretas.”

O executivo avalia que são necessárias políticas macroeconômicas, como a reforma da Previdência, para sinalizar que as mudanças começaram. “Falta esse marco. Mas de forma geral, o cenário é mais positivo do que negativo.”

Branquinho conta que o setor enfrentou dificuldades nos últimos anos e está passando por um período de recuperação. “Os fabricantes fizeram ajustes para se adequar ao tamanho do mercado em razão da crise. O ano de 2018 foi para quem conseguiu sobreviver. No Brasil, ainda há um certo nível de ociosidade e por isso, no curto prazo, não se justificam grandes investimentos em expansão”, assinala.

A Cedro só irá divulgar seus resultados financeiros de 2018 em março. No ano passado, a produção do setor caiu 2%. “Em 2018, nós mantivemos a ocupação total das fábricas. As margens ficaram mais apertadas pelo crescimento dos custos e por não repassarmos o preço para os clientes”, explica. O executivo acredita que, no médio prazo, o repasse será feito ao consumidor.

Câmbio estável

Branquinho projeta um 2019 de câmbio mais estável. “O setor sofreu com essa variação, o que acabou gerando um custo adicional devido à matéria-prima atrelada ao dólar. Como não houve reajuste, isso onerou as margens das empresas. Independentemente do patamar, o mais importante é que o câmbio seja estável.”

O diretor comercial do grupo Kyly, Claudinei Martins, afirma que o grupo não parou de investir nos anos de crise. “Revitalizamos nosso parque fabril, colocando tudo em uma única planta. Toda parte de malharia, corte e estamparia é feita nessa mesma fábrica.”

Com sede em Pomerode (SC), a companhia investiu aproximadamente R$ 60 milhões na planta entre 2014 e 2018 e irá realizar um aporte adicional de R$ 40 milhões em maquinários neste ano, para aumentar a produtividade. “Serão gerados cerca de 100 postos de trabalho”, conta Martins. “Vamos ampliar nossa capacidade produtiva para atender à expansão que pretendemos ter no multimarcas, franquias e exportações.”

O executivo conta que a perspectiva do grupo é crescer de 8% a 10% e avalia que o câmbio não deve sofrer oscilações bruscas, como as que ocorreram em 2018. “Acredito que o dólar estará mais bem posicionado em relação ao tamanho da economia do País, sem tanta especulação. O risco Brasil tem caído nos últimos meses, os juros estão atrativos e a inflação sob controle. Um ambiente propício para a economia girar.”

A diretora administrativa e financeira da Brandili, Flávia Brandes, entende que o clima é de confiança para 2019. “Nossas projeções estão pautadas em avanço dos principais indicadores de desempenho. O foco está todo direcionado para o mercado e, para atingir os objetivos, investimos forte nas nossas estruturas comercial, de marketing e desenvolvimento de produtos.”

Ela espera que com mais estabilidade, a economia do País cresça. “Os principais indicadores do Brasil devem melhorar como inflação, juros e avaliações de risco. Esperamos que, com geração de empregos e confiança, o consumo de forma geral possa voltar a ficar aquecido neste e nos próximos anos que virão.”

Coluna do CIEAM Ver todos

Estudos Ver todos os estudos

Diálogos Amazônicos Ver todos

CIEAM | Centro da Indústria do Estado do Amazonas © 2023. CIEAM. Todos os direitos reservados.

Opera House