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Apenas 1,6% da indústria tem produção inteligente, diz pesquisa

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15/12/2017

Notícia publicada pelo Site Portos e Navios

A manufatura avançada no Brasil hoje alcança apenas 1,6% da indústria. É o que aponta a pesquisa feita pela Confederação Nacional da Indústria (CNI), em parceria com o Instituto Euvaldo Lodi (IEL) e os institutos de economia da UFRJ e da Unicamp.

O termo é usado para fábricas que adotam tecnologias como a Inteligência Artificial e a Internet das Coisas para tornar seu processo produtivo inteligente.

O potencial ganho de produtividade com a inovação fez com que a tendência fosse intitulada "Indústria 4.0", uma alusão ao que seria a "quarta revolução industrial" – isso porque o impacto esperado na nova maneira de produzir poderia ser equivalente ao de invenções que revolucionaram a indústria, como a máquina à vapor ou a energia elétrica.

O número apresentado pela CNI considera apenas as fábricas com nível máximo de conectividade, com produção inteligente e tecnologias da informação integradas que geram dados utilizados em tomadas de decisão em todas as áreas da empresa.

"É um número pequeno. Países que investem mais em pesquisa de desenvolvimento certamente terão uma adesão maior, mas é uma tecnologia nova. Seu uso ainda é um desafio no mundo inteiro", diz Paulo Mól, superintendente nacional do IEL e coordenador do projeto "Indústria 2027", que avalia o impacto de inovações tecnológicas no setor.

Apesar da adoção baixa, a pesquisa aponta que a Indústria 4.0 é uma tendência que deve crescer de forma acelerada nos próximos anos. Das 759 empresas entrevistadas, 28,1% projetam atingir um processo totalmente digitalizado em um prazo de até 10 anos.

"A evolução será muito intensa, porque a tecnologia tem um impacto muito positivo na competitividade. O empresário sabe que não investir hoje significa ficar para trás no futuro", afirma.

Apesar da previsão, apenas 15,1% das indústrias têm hoje projetos relacionado à indústria 4.0 em execução. Projetos isolados que abrangem apenas determinadas áreas da empresa não a colocam, necessariamente, na geração tecnológica mais avançada avaliada pela pesquisa, com integração e conectividade em todas as áreas. Já as que não possuem nenhuma ação prevista para o tema correspondem a 39,4% das fábricas.

Para que a meta de quase 1 em cada 5 indústrias conectadas seja alcançada o Brasil, assim como o resto do mundo, precisa superar alguns desafios, aponta o especialista.

O principal obstáculo hoje, segundo ele, é a falta de mão de obra qualificada, como profissionais especializados em big data (processamento e análise de uma grande quantidade de dados).

"É um desafio para o país, porque a maneira de produzir está passando por mudanças que vão precisar de habilidades que sequer são ensinadas hoje. Temos universidades de qualidade como a USP, capazes de suprir essa demanda, mas elas precisam estar alinhadas com o mercado", diz.

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