22/10/2018
Notícia publicada pelo Em Tempo Online
A expansão de 0,47% do Índice de
Atividade Econômica do Banco Central (IBCBr)
em agosto em comparação a julho deste
ano deve refletir positivamente na economia
do Amazonas. Conforme os números
revisados, a economia também cresceu
0,65% em julho e 3,45% em junho.
Os dados do índice dessazonalizado
(ajustado para o período) foram divulgados
ontem (17) pelo Banco Central (BC).
De acordo com o vice-presidente da
Federação das Indústrias do Estado do
Amazonas (Fieam), Nelson Azevedo, o
resultado do IBC é benéfico para o Estado.
“A indústria amazonense tem um alto
portifólio em todas as linhas de produção.
Portanto, se o consumo nacional melhora, o
efeito para nós também será vantajoso”,
afirmou.
Além disso, conforme o executivo, houve
uma recuperação expressiva no setor como
um todo, especialmente no polo de duas
rodas.
“O desempenho deste segmento foi positivo,
o que gera uma expectativa ainda melhor
para o restante deste ano. Com a escolha
tanto de presidente quanto de governador,
haverá mudanças. Entretanto, o cenário está
favorável até mesmo para um reforço na
mão-de-obra, ainda que pequeno, variando
de acordo com os investimentos feitos por
cada empresa”, enfatizou.
Linha branca
Para o economista e conselheiro do Conselho
Regional de Economia Amazonas (CoreconAM),
Farid Mendonça Júnior, por ser muito
dependente do Polo Industrial de Manaus
(PIM), responsável por 80% da receita local,
a economia amazonense também deve sentir
os impactos da expansão do IBC-Br. A
fabricação de diferentes produtos, como os
da linha branca, por exemplo, aumentaram e
a demanda está cada vez mais forte.
“Nossa produção vai parar nos grandes
centros como as regiões Sul e Sudeste. Com a
produção em alta, é necessário renovar a mão-de-obra. Tudo isso significa um ciclo
econômico restabelecido”, explicou o
economista.
Ainda na avaliação de Farid, o comércio
também tende a melhorar. “As famílias
passam a consumir mais e o comércio, como
reflexo, passa a ter que investir na
contratação de funcionários. Com a
proximidade do fim do ano, os números
devem ficar positivos”, salientou.
Acumulado
Na comparação com agosto do ano passado, o crescimento chegou a 2,5% (sem ajuste para o período). Após um ano completado em agosto, o indicador aumentou 1,5%. No ano, a alta foi de 1,28%. O IBC-Br é uma forma de avaliar a evolução da atividade econômica brasileira e ajuda o Banco Central a tomar suas decisões sobre a taxa básica de juros, a Selic. O índice incorpora informações sobre o nível de atividade dos principais setores da economia: indústria, comércio e serviços e agropecuária, além do volume de impostos. O indicador foi criado pelo BC para tentar antecipar, por aproximação, a evolução da atividade econômica. Mas o indicador oficial é o Produto Interno Bruto (PIB), calculado pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE).