16/07/2018
Notícia publicada pelo Em Tempo Online
Depois da aprovação do
senado federal que derrubou o
decreto presidencial que reduzia os
benefícios fiscais para o pólo de
concentrados da Zona Franca de
Manaus (ZFM), diferentes setores da
sociedade comemoram e torcem para
que na Câmara Federal também haja
vitória para o Amazonas.
Para o advogado da Federação das
Indústrias do Amazonas (Fieam),
especialista em Direito Tributário e
professor sobre o tema, Jean Cleuter
Simões Mendonça, a garantia do
incentivo fiscal para as indústrias que
produzem concentrados no Amazonas é
mais que estratégica economicamente, é
necessária para o Brasil como um todo.
“Mais que manter o modelo Zona
Franca de Manaus, a garantia desse
incentivo é primordial para mais que
empresas sejam atraídas para o Polo
Industrial do nosso Estado e, assim,
tenham mais recursos e empregos
aqui”, defende.
De acordo com ele, o retorno que a Zona
Franca de Manaus extrapola os chãos de
fábricas e passa pela garantia da não
exploração da floresta amazônica. O
Amazonas é o Estado com o menor
índice de desmatamento florestal do
Norte do Brasil. Além disso, o Polo de
Concentrados é o segundo que mais
arrecada na ZFM e um dos que mais
empregam.
Estimativas das empresas instaladas no Amazonas estimam que 11 mil empregos diretos e indiretos sejam gerados por elas em toda a cadeia produtiva de concentrados. “A classe empresarial e a a sociedade Amazonense são defensoras do modelo da Zona Franca porque isso é a garantia da sobrevivência de muitas pessoas no Amazonas. Mas entendemos, também, que mais alternativas de desenvolvimento econômico precisam ser encontradas”, afirma o advogado.