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21/06/2018

Notícia publicada pelo Jornal do Commercio

Em coletiva para a imprensa realizada na manhã de ontem, no auditório do Emporium Roma, o Banco da Amazônia apresentou o ‘Plano de Aplicação dos Recursos Financeiros do Estado do Amazonas’, relativos ao período de 2018.

O plano foi elaborado a partir dos subsídios obtidos para o planejamento da aplicação das fontes de recursos financeiros do Banco da Amazônia, ouvidos os representantes da esfera pública, privada e sociedade civil organizada que atuam diretamente no processo de desenvolvimento sustentável do Estado.

“O Banco da Amazônia acredita que a questão do desenvolvimento regional perpassa pela formulação de estratégias que estejam alinhadas ao modelo de desenvolvimento baseado em negócios sustentáveis, que atendam às necessidades de sobrevivência no presente e que assegurem qualidade de vida às gerações futuras”, falou Marivaldo Gonçalves de Melo, presidente do Banco da Amazônia. “Sob essa perspectiva, orienta suas ações para apoiar empreendimentos que valorizam as potencialidades locais e, ao mesmo tempo, promovam a melhoria da qualidade de vida da população, a inclusão social e a redução das desigualdades intra e interregionais”, completou.

“Assim, espera-se com este plano dar mais um passo no aperfeiçoamento da política de crédito do Banco da Amazônia, priorizando o atendimento à demanda de empreendimentos que estejam em consonância com o padrão de financiamento apoiado pela instituição, a fim de que a região amazônica possa atingir patamares mais elevados de sustentabilidade”, disse.

“Na Amazônia, temos que ter visão de futuro. Precisamos desenvolver o capital humano. Fazer com que os universitários passem a raciocinar e não apenas ouvir e repetir o que o professor ensina na sala de aula”, falou Luiz Fonseca, secretário-executivo de Planejamento da SeplanCti (Secretaria de Estado de Planejamento, Desenvolvimento, Ciência, Tecnologia e Inovação).

“Nossos municípios têm grande potencial econômico e, devido à séria crise por que passa a Venezuela, não podemos nos prender a esse país para exportar nossos produtos. A Guiana é outro caminho com potencial para exportação. Faz mais de 20 anos que Roraima tem projetos relativos à produção de energia. Se tivessem sido levados adiante, nem precisaríamos da energia venezuelana”, alertou.

Subsolo rico, mas inexplorado

Atualmente o Amazonas possui uma população de cerca de 3,8 milhões de habitantes, PIB de R$ 64,1 bilhões e renda per capita de R$ 16,55 mil. O PIM (Polo Industrial de Manaus) é o segundo maior centro de indústria do país. Não obstante as peculiaridades da economia, grande parte dos municípios amazonenses apresenta um IDHM (Índice de Desenvolvimento Humano Municipal) baixo.

“Os municípios do Amazonas têm o subsolo rico em minérios: nióbio, em São Gabriel; silvinita, óleo e gás, em Itacoatiara; cassiterita, em Presidente Figueiredo, apenas para citar alguns, mas nenhum dos municípios capacita alunos através de cursos sobre como viabilizar as riquezas que possui, sem falar que não é permitida a mineração em terras indígenas, como acontece no Canadá, nos Estados Unidos e até na África. Os índios brasileiros têm uma fortuna sob seus pés e ninguém pode explorar”, reclamou Luiz Fonseca.

“Sempre que se pretende explorar economicamente uma área na Amazônia, aparece uma ONG, geralmente de outro país, reclamando que a Amazônia será devastada, e muitas dessas pessoas que falam essas coisas, não vivem aqui”, lembrou.

“Hoje a parte mais rica do Amazonas, que fica no norte do Estado, só contribui com 1% do PIB na região exatamente porque é proibido explorar suas riquezas. Precisamos mudar isso”, revelou.

Recursos

“A crise dos últimos anos impactou nos recursos do Banco da Amazônia. Ano passado nossas operações movimentaram R$ 149 milhões e a previsão era movimentar R$ 800 milhões”, relatou André Luiz Rodrigues Vargas, superintendente regional do Banco da Amazônia, “mas não nos afastamos de nossa missão institucional que é desenvolver uma Amazônia sustentável com crédito e soluções eficazes. Nossa visão estratégica é ser nos próximos anos o principal banco de fomento da Amazônia, moderno, com colaboradores engajados e resultados sólidos”, completou.

“Atualmente, 87% da carteira do banco vai para as indústrias, mas precisamos diversificar financiando tanto as áreas produtivas em áreas de colonização, quanto a produção dos agricultores familiares, incentivando as micros e pequenas empresas, estimulando o turismo em bases sustentáveis, e incentivando a cultura, entre outros. Não interessa se a matriz do Banco fica em Belém. O Basa é da Amazônia”, concluiu André Luiz.

No exercício de 2018 são estimados e disponibilizados para alocação nos Estados da Amazônia Legal recursos financeiros no valor total de R$ 8.345,8 milhões, sendo R$ 5.665,8 milhões originários das fontes de fomento (FNO, FDA, FMM, OGU, BNDES, Recursos Próprios e Finep-Inovacred) e R$ 2.680,0 da carteira de crédito comercial do Banco da Amazônia.

Para o Amazonas serão disponibilizados recursos financeiros da fonte FNO (Fundo de Financiamento do Norte) no valor de R$ 910 milhões e da Carteira de Crédito Comercial, R$ 185,71 milhões, totalizando R$ 1,09 bilhão.

Além dos recursos específicos do FNO destinados ao Estado há a disponibilidade adicional de recursos do Fundo para Infraestrutura no valor de R$ 120 milhões e do Programa Estudantil Fies que dispõe de até R$ 234 milhões.

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