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Amazonas pode superar a arrecadação em R$ 2,5 bi

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20/06/2018

Notícia publicada pelo Em Tempo Online

Embora venha de resultados considerados negativos na produção, a indústria local pode impulsionar os dados de arrecadação do Amazonas neste ano. A estimativa, de acordo com especialistas, é de que, neste ano, o montante feche com R$ 2,5 bilhões a mais do que os R$ 15,324 bilhões previstos pelo governo para este ano. Até essa terça-feira (19), a arrecadação já ultrapassava a casa dos R$ 8,3 bilhões. No acumulado de janeiro a dezembro do ano passado, a Secretaria de Estado da Fazenda (Sefaz-AM) apurou R$ 15,55 bilhões.

Para o economista e deputado Serafim Corrêa, o desempenho da arrecadação até o dia de ontem mostra que há uma previsão de R$ 2,498 bilhões a mais para 2018 em comparação com o previsto. “Se pagarmos essa arrecadação até 19 de junho, que é de R$ 8,301 bilhões, e dividirmos pelos 170 dias corridos neste ano, teremos R$ 48,829 milhões por dia. Esse valor multiplicado pelos 365 dias do ano será igual a R$ 17,822 bilhões”, afirmou.

Ainda de acordo com o parlamentar, a arrecadação prevista inicialmente era de R$ 15,324 bilhões. “Então vamos ter um excesso de arrecadação de R$ 2,498 bilhões neste ano. Portanto, diante de tantas notícias ruins, podemos dizer que o Amazonas vive um momento muito bom, uma situação confortável”, comentou.

O deputado informou que o Amazonas tem o menor índice de comprometimento com dívidas em relação a outros estados. Esse fator traz mais patrocínios para o Estado. Além disso, a alta do dólar beneficia a arrecadação, pois a maior parte do Imposto sobre Circulação de Mercadorias e Serviços (ICMS) está sobre insumos importados.

Serafim também disse que uma das coisas que pode prejudicar a arrecadação são os ataques ao polo de componentes da Zona Franca de Manaus (ZFM). Serafim pediu que o titular da Sefaz-AM, Alfredo Paes, compareça à Assembleia Legislativa do Estado do Amazonas (Aleam) para prestar esclarecimentos sobre a situação do Estado.

“O governo Temer está retirando essas empresas não só de Manaus, mas do Brasil. Elas irão para o Uruguai ou para o Paraguai. É um ataque que todos nós repudiamos. Gostaria imensamente que o ilustre secretário da Sefaz fosse à Assembleia explicar a situação do Estado e discutir a Lei de Diretrizes Orçamentárias (LDO)”, comentou Serafim.

“A arrecadação pode até cair em relação à retirada do polo de componentes, mas o fato é que a arrecadação do segundo semestre do ano sempre é melhor do que o primeiro”, disse.

"Quanto ao dólar - porque a maior parte do ICMS está sobre insumos importados -, quando ele sobe, aumenta a arrecadação e aumenta num percentual muito maior do que as dívidas do Estado". Serafim Corrêa, economista e deputado,

Quem compartilha da mesma opinião de Serafim é o vice-presidente da Federação das Indústrias do Estado do Amazonas (Fieam), Nelson Azevedo. Segundo ele, mesmo com as dificuldades, os dados de arrecadação estadual melhoraram em comparação ao ano passado. Ainda conforme o executivo, tanto o comércio quanto a indústria contribuem para um desempenho favorável da arrecadação.

“Houve um desabastecimento geral com a greve dos caminhoneiros, o estoque das fábricas não estava regular. No entanto, está tudo dentro da realidade, e a cotação de R$ 2,5 bilhões a mais, este ano, em comparação ao ano passado pode acontecer”, enfatizou.

Forte otimismo

Para o secretário executivo da Receita da Sefaz-AM, Ricardo Castro, a expectativa de superar a arrecadação de 2017 é bastante otimista. “Ainda é cedo para projetarmos um cenário final deste ano. A alta do dólar, por exemplo, inibe novos investimentos, e o desemprego elevado não favorece um incremento. A expectativa é de que a arrecadação se mantenha estável”, observou. As empresas instaladas no Polo Industrial de Manaus (PIM), de acordo com o secretário executivo, registraram queda no faturamento do ano. “Houve uma antecipação na fabricação de algumas mercadorias durante o primeiro quadrimestre deste ano. Esses produtos não tiveram a saída esperada”, pontuou o representante da Sefaz-AM, ao estimar que a melhora do setor deve acontecer somente a partir do mês de julho.

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