18/06/2018
Notícia publicada pelo site D24AM
No que se refere a bicicleta, muito se fala em
economia na renda particular, diminuição da poluição e bem estar.
Mas, o estudo ‘A Economia da Bicicleta no Brasil’, da Aliança Bike,
apontou dados nunca mapeados de forma precisa sobre a cadeia
produtiva deste meio de transporte no País, em esferas de
comercialização, fabricação, importação e exportação.
A pesquisa concluiu que a Indústria da Bicicleta, que contempla
tanto a produção de peças quanto de bicicletas, empregou de maneira direta mais de 7 mil pessoas em 2016, distribuídas em 297
unidades fabris brasileiros. Também, por meio do estudo, pode-se
perceber que a concentração de fábricas se dá no Sudeste,
principalmente, em São Paulo, que possui 111 fábricas voltadas ao
setor, gerando 3.331 empregos apenas no Estado.
Em 2016, o Brasil produziu, ao todo, mais de 5,1 milhões de
bicicletas, atingindo a marca de R$ 728,3 milhões de faturamento.
No mesmo ano, o País produziu diversos componentes, como
freios, cubos, aros e pedais, totalizando 40,5 milhões de peças
produzidas, que correspondeu a um valor superior a R$ 134
milhões.
Nessa parte do estudo foram analisados aspectos de produção de
bicicletas e também das peças que compõem a bicicleta. Para
embasar as pesquisas, duas fontes o?ciais foram consultadas: a
RAIS (Relação Anual de Informações Sociais, do Ministério do
Trabalho), que mostrou dados de geração de empregos, número
de estabelecimentos e a massa salarial de quem trabalha na área; e
a Pesquisa Industrial Anual (PIA), do IBGE, que forneceu dados
sobre a quantidade de peças e bicicletas produzidas no País, entre
2007 e 2016.
Com base nas informações apuradas, constatou-se que, em 2016, o
valor de salários pagos pela indústria da bicicleta foi de R$ 174
milhões. Os salários variam bastante entre os Estados, o estudo
apurou que o trabalhador do setor que vive no Maranhão recebe,
em média, R$ 948,00, já o trabalhador paulista recebe, em média,
R$ 2.421,27.
A Economia da Bicicleta no Brasil apresentou dados de importação
e exportação relacionados a atividades do setor da bicicleta. Os
dados mapeados foram obtidos por meio de informações do
Ministério da Indústria Comércio Exterior e Serviços (MDIC).
Os números revelaram que, em 2017, o Brasil exportou 28.492
bicicletas, o que equivale em termos monetários a R$ 2,9 milhões.
Esse número registrado em 2017 revela que as exportações
voltaram a subir, após o número de unidades exportadas ter caído
radicalmente até 2016, quando o País exportou 8.436 unidades. Até
esse ano, a queda total nas exportações do setor havia sido de
75%.
Quanto às peças e acessórios exportados, em 2017, o número de
unidades exportadas foi de 470.349 e o valor da exportação desses
produtos chegou a R$ 5,1 milhões.
Por outro lado, o estudo apontou que os dados de importação são
bem diferentes aos de exportação. Em 2017, desembarcaram no
Brasil 157.659 bicicletas, a um valor equivalente a R$ 89,9 milhões.
Já em peças e acessórios foram importados mais de 35,1 milhões
de unidades.
Setor do varejo está presente em quase todos os municípios
Segundo o estudo da Aliança Bike, o setor varejista é o que mais movimenta renda e empregos, além disso, é a atividade mais pulverizada pelo território brasileiro, estando presente em quase todos os municípios.
É importante destacar que mesmo com a crise econômica que atingiu o Brasil, o setor se manteve estável. Em 2016, foram contabilizados 5.689 estabelecimentos comerciais ligados à bicicleta, peças, reparos e acessórios, juntos eles foram responsáveis por cerca de 17.783 empregos. Desses mais de 5 mil estabelecimentos, cerca de 1.200 estão localizados em São Paulo, ou seja, 21% das pessoas empregadas do setor.
Já a média salarial dos empregados, em 2016, girou em torno de R$ 1.245,00. E o Estado de Santa Catarina registrou o maior valor de salário para a categoria, R$ 1.540,47, enquanto o Rio de Janeiro esteve com o menor valor salarial, R$1.268,00.
O faturamento anual médio desses comércios é de R$ 796.031,13.
Sendo que 22% faturam de R$ 50 a R$ 200 mil, 20% faturam entre
R$ 200 e 500 mil e 1% fatura mais de R$ 10 milhões.