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Três séculos protegendo a Amazônia

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18/04/2018

Notícia publicada pelo jornal do Commercio

Encerram-se hoje as comemorações pelo Dia do Exército, com uma cerimônia de formatura que acontecerá, a partir das 9h, no Quartel General do CMA (Comando Militar da Amazônia), localizado na avenida Coronel Teixeira, 4715, em frente ao shopping Ponta Negra.

Os festejos pelo Dia do Exército começaram na quarta-feira (11), com uma apresentação da Banda de Música do CMA, no Teatro Amazonas. Apesar de aplaudidos pela população nos desfiles militares de 7 de setembro, a banda não executou dobrados, mas um repertório com músicas populares de Alceu Valença e Ivete Sangalo; a trilhas sonoras de filmes, como 'Capitão América'; e games, como o 'Super Mário Bros'.

"Todos os anos a banda sobe ao palco do Teatro Amazonas para comemorar o Dia do Exército. Nossas apresentações costumam lotar este espaço cultural numa demonstração de que somos queridos pelo público", falou o capitão Rubem Oliveira, regente da banda.

A título de curiosidade, no dia 2 de dezembro a Banda de Música do CMA completará cem anos de existência. Quando, em Manaus, foi criado o 45º Batalhão de Caçadores, oriundo do 15º Regimento de Infantaria de Nioac-MS, a banda, ainda denominada fanfarra, já fazia parte do quadro de organização da instituição. "Desde sua criação tem sido a meta principal da Corporação Musical, abrilhantar as solenidades e levar a cultura através da música à população amazonense, atendendo a 20 organizações militares e mais as solicitações da população local em solenidades cívicas", completou o regente.

Homenagens a personalidades

Durante a cerimônia de hoje, no CMA, quando serão comemorados os 370 anos de criação do Exército Brasileiro em solenidade presidida pelo novo Comandante Militar da Amazônia, General de Exército César Augusto Nardi de Souza, vão ser entregues diplomas de Colaborador Emérito do Exército e medalhas para mais de 60 civis e militares pelo reconhecimento de serviços prestados ao Exército Brasileiro.

A data de 19 de abril de 1648 remete à 1ª Batalha dos Guararapes, ocorrida na cidade de Jaboatão dos Guararapes, em Pernambuco. Nessa data, um grupo de brasileiros, de raças diferentes (indígenas, brancos e negros), mas com o mesmo sentido patriótico, se uniu pela primeira vez para combater a dominação holandesa, que tinha interesse em se manter na região. Ao término da batalha, os holandeses, comandados por Maurício de Nassau, haviam perdido 1.038 dos 4.500 combatentes, sendo 515 mortos e os que lutavam pelo Brasil e Portugal perderam 480 dos 2.200, dos quais 80 mortos. Um ano depois, no mesmo local, ocorreu a 2ª Batalha dos Guararapes, quando os holandeses foram literalmente destruídos pelos patriotas, ficando enclausurados no Recife até 1654, quando ocorreu a rendição na Campina do Taborda. Essas duas batalhas consagraram, de forma definitiva, o sítio dos Guararapes como o terço sagrado do Exército e da nacionalidade brasileira.

Pelo Brasil e Portugal comandaram os combatentes: os portugueses Francisco Barreto de Menezes e Fernandes Vieira, o indígena Felipe Camarão, e os negros Henrique Dias e Vidal de Negreiros.

A Amazônia tem suas riquezas praticamente intocadas e minuciosos levantamentos indicam que abriga uma das mais extraordinárias províncias minerais do universo. Tudo isso deixa evidenciado que a região é, há muito tempo, área estratégica de alto interesse para os brasileiros. Impõe-se a urgente necessidade de integrá-la ao ambiente nacional e articulá-la com os nossos vizinhos, também depositários desse patrimônio. Este é o motivo principal da prioridade nacional hoje emprestada à Amazônia.

O Exército, presente na Amazônia desde o início do século 16, vem ampliando seu dispositivo pela instalação de diversas unidades de fronteira. Tais unidades representam polos de desenvolvimento, em torno dos quais, como ocorreu no passado, crescem núcleos habitacionais, garantidores da presença da soberania brasileira, colaborando com o povoamento em áreas longínquas, enquanto o Exército proporciona um mínimo de infraestrutura a essas pessoas até que chegue o desenvolvimento, fornecendo serviços básicos num trabalho silencioso. Atualmente, mais de 20 mil militares do Exército atuam na Amazônia. Na década de 1950, apenas mil profissionais exerciam a missão de garantir a tríade 'integridade nacional, soberania e defesa da pátria', nos 9.762 km de fronteira brasileira da região com Venezuela, Colômbia, Peru e Bolívia. Nessa faixa, as Forças Armadas exercem o chamado poder de polícia em 150 km, por meio de 24 pelotões e um efetivo de 1.500 militares provenientes de todo país.

Em 26 de janeiro foi inaugurada a 22ª Brigada de Infantaria de Selva, a 'Brigada da Foz do Amazonas'.

A criação da Brigada está alinhada com a Estratégia Nacional de Defesa, de priorização da região amazônica pelas Forças Armadas, guarnecendo a área de fronteira com Guiana, Guiana Francesa e Suriname. Atualmente, a Brigada conta com um efetivo de 1.000 militares, devendo chegar a 3.000 até 2019.

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