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Nível de demissões retrai

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17/04/2018

Notícia publicada pelo Jornal do Commercio

O volume de demissões do Polo Industrial de Manaus (PIM) caiu quase 32% no primeiro trimestre deste ano em relação a 2017. De janeiro a março do ano passado, foram 3.7 mil trabalhadores demitidos enquanto no mesmo período de 2018, o volume de dispensas foi de 2.5 mil, um saldo de 1.2 mil vagas no comparativo semestral. Até agora, janeiro foi o mês que mais encerrou postos de trabalho com pouco mais de mil homologações. As fábricas de eletroeletrônicos continuam sendo as mais afetadas. Os dados são do Sindicato dos Metalúrgicos do Amazonas (Sindmetal-Am).

De acordo com o vice-presidente da Fieam (Federação das Indústrias do Estado do Amazonas), Nelson Azevedo, a queda no volume de demissões sinaliza estabilidade no pátio industrial. No entanto, ele alerta que as empresas ainda trabalham com capacidade limite de trabalhadores. "Esse resultado indica que já houve uma leve recuperação econômica, mas esses números não refletem no nível de emprego e investimentos no PIM. As fábricas estão com capacidade ociosa, quem antes tinha três turnos diminui para um e meio mantendo apenas a mão de obra qualificada", analisa.

O empresário lembrou ainda que, o distrito já contou com uma média mensal de 122 mil empregos em 2014 e caiu para 105 mil no ano seguinte, conforme indicadores da Suframa (Superintendência da Zona Franca de Manaus). "Mas nos últimos dois anos essa média é de 86 mil empregos, puxada pelo setor de eletroeletrônico, que por sua vez foi embalado pelo desligamento do sinal analógico da TV na região. Com isso houve, aumento de produção, consumo e comércio", explicou Azevedo.

"No geral, o mais importante é que houve uma mudança positiva no cenário, mantemos o otimismo e esperamos que esses indicadores permaneçam", acrescentou o representante da Fieam.

Segundo o Sindmetal, de janeiro a março houve registro de 2.581 demissões no PIM contra 3.786 desligamentos em igual trimestre de 2017, uma queda de quase 32%. Se comparado a 2015, quando registrou o volume expressivo de 6.955 cortes, a redução chega a 63%.

A Samsung da Amazônia foi a empresa que mais demitiu funcionários no primeiro trimestre do ano. Ao todo, foram 263 trabalhadores dispensados pela multinacional no pátio industrial. Em seguida aparecem as companhias Whirlpool (196), GK&B (134); Salcomp da Amazônia (99), Jabil do Brasil (93); Flex (85), Philco Eletronicos (83), Britânia (70), Yamaha Motors (51) e Panasonic do Brasil (50).

Mês a mês

O relatório do sindicato ainda apontou, que janeiro registrou o maior volume de rescisões com 1.045 desligamentos, sendo 354 mulheres e 691 homens. Número superior aos 637 demitidos em igual mês de 2017, saldo de 408 entre os períodos e variação de 64%.

No mês seguinte, as homologações chegaram a 740 pessoas. Os homens também lideram o volume de demitidos com 455 sob 285 mulheres. Frente a fevereiro de 2017, a redução foi de quase 50%. Naquele período, o número de cortes chegou a 1.438 trabalhadores amazonenses.

Já março deste ano os cortes atingiram 494 homens e 302 mulheres, totalizando 796 funcionários do PIM. Em relação ao mês anterior houve uma queda de 8,0% e 53,47% no comparativo com março do ano anterior, quando demitiu 1.711 pessoas.

Maior média mensal

Segundo os dados mais recentes das empresas incentivadas do PIM, a mão de obra do polo no primeiro mês de 2018 totalizou 87.070 trabalhadores, entre efetivos, temporários e terceirizados. O número é maior que as médias mensais acumuladas dos dois últimos ano, com 2016 (86.161) e 2017 (86.195). Em janeiro ocorreram 2.456 admissões e 1.724 demissões, um saldo de 732 vagas.

Indústria cria mais vagas

De acordo com o Caged (Cadastro Geral de Empregados e Desempregados), a indústria de transformação, estimulada principalmente por material elétrico e de comunicações foi o setor que mais criou postos de trabalho no Amazonas em fevereiro. No segundo mês do ano, houve 9.991 contratações e 9.936 demissões, o que equivale ao saldo de 55 novos postos de trabalho no pátio industrial. A variação foi modesta, apenas de 0,01% se comparado ao mês anterior. Apesar de baixo, foi o melhor resultado para o mês desde 2014, quando o saldo foi de 75 vagas.

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