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Principais importadores compraram 23% a mais

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20/02/2018

Notícia publicada pelo Jornal do Commercio

Os cinco principais países importadores do Brasil participam de metade (49%) do total das nossas exportações. Em 2017, as vendas externas nacionais cresceram para todas essas nações, exceto para os Países Baixos (Holanda).

No entanto, somando o valor exportado para a China, Estados Unidos, Argentina, Holanda e Japão, observasse uma expansão de 23,2% nos embarques durante o ano passado, em relação a 2016, para US$ 106,5 bilhões, mostram dados do Mdic (Ministério da Indústria, Comércio Exterior e Serviços).

Segundo especialistas, a tendência é que essas vendas continuem em expansão, mas em um ritmo menor, já que, com a recuperação da economia bra-sileira, uma parcela maior da produção nacional será direcionada para o mercado interno. "O percentual de crescimento das exportações irá depender da velocidade do crescimento do Brasil", considera o coordenador do curso de economia da FAAP, Paulo Dutra.

Segundo principal parceiro comercial do país, os EUA elevaram em 16% as suas compras no ano passado, a US$26,8 bilhões. Os produtos mais importados foram os óleos brutos de petróleo (+136,3%, a US$ 2,7 bilhões) e semimanufaturados de ferro e aço (+45%, a US$ 1,8 bilhão).

Dutra analisa que os obstáculos protecionistas que o presidente dos Estados Unidos Donald Trump tem colocado ao comércio com a China, Alemanha e México podem abrir oportunidades para os produtos industrializados do Brasil.

Em 2017, houve alta nas vendas de manufaturados (+27,3%, para US$ 5 bilhões), semimanufaturados (+6,6, para US$ 15 bilhões) e industrializados (+11,1%, para US$ 20 bilhões) para o país parceiro. Sobre a política de Trump, o professor da PUC-SP (Pontifícia Universidade Católica de São Paulo), Carlos Augusto Poggio, afirma que o presidente tem dado prioridade aos países que têm deficit comercial com os Estados Unidos, o que foi o caso do Brasil durante oito anos (2009-2016). Em 2017, contudo, o país ficou superavitário em US$ 2 bilhões com os EUA. Para Dutra, a tendência é que nossas vendas aos norte-americanos continuem em alta, tendo em vista o aquecimento da economia deles. O FMI (Fundo Monetário Internacional) projeta alta de 2,7% no PIB (Produto Interno Bruto) dos EUA. A perspectiva também é de expansão nas vendas à China e ao Japão, cuja maior parte são de commodities agrícolas e minerais. Segundo Dutra, se os juros dos EUA não tiverem grande aumento, a tendência é que os preços das commodities continuem estáveis ou tenham um leve acréscimo. Sobre a economia japonesa, Dutra pontua que esta tem apresentado um crescimento acima do esperado. No final de 2017, o governo japonês elevou de 1,5% a 1,9% a projeção de PIB para o ano fiscal de 2017, e aumentou de 1,4% para 1,8%, para 2018.

As vendas do Brasil para o Japão se elevaram em 14,3%, para US$ 5,2 bilhões em 2017, com destaque para o minério de ferro (+30,3%, a US$ 1,4 bilhões) e carne de frango (+26%, a US$ 907 milhões).

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