19/02/2018
Notícia publicada pelo site Valor Econômico
A economia brasileira completou o quarto mês consecutivo de
crescimento considerando a métrica do Banco Central (BC) e fechou 2017
com crescimento de 1,04%. Em dezembro, o Índice de Atividade Econômica
do Banco Central (IBC-Br) apresentou elevação de 1,41%, vindo de variação
positiva de 0,3% em novembro (dado revisado de 0,49%).
Essa é a primeira variação positiva anual do IBC-Br desde 2013 e ajuda a
reforçar o cenário de recuperação da atividade consolidado ao longo do ano.
O desempenho do Produto Interno Bruto (PIB) de 2017 será conhecido em 1º
de março. O resultado do IBC-Br também pode estimular novas revisões para
cima nas projeções de crescimento para 2018.
No quarto trimestre de 2017, em relação aos três meses anteriores, o
indicador registrou alta de 1,26%. Em comparação com igual período de
2016, o crescimento foi de 2,56%. Ante dezembro de 2016, o índice tem alta
de 2,14% na série sem ajuste.
O resultado do mês ficou acima da média dos prognósticos feitos pelas 17
instituições financeiras ouvidas pelo Valor Data, que sugeria crescimento
de 1,1%.
O comportamento do indicador no mês de dezembro foi influenciado pela
alta de 2,8% da produção industrial, retração de 1,5% do varejo e crescimento
de 1,3% do volume de serviços. No ano, a produção industrial e o varejo
cresceram 2,5% e 2%, respectivamente, enquanto o volume de serviços caiu
2,8%.
Para 2017, o mercado trabalha com um crescimento de 1,01% do PIB. O
Ministério da Fazenda projeta 1,1%, e o BC estima alta de 1%. Para 2018, a
mediana do Focus mostra avanço de 2,8%, a Fazenda espera 3%, e o BC
trabalha com 2,6%.
Na média móvel trimestral, indicador utilizado para captar tendência, o IBCBr,
sem ajuste, sobe 0,25 em dezembro após dois meses em baixa. Na série
com ajuste, há alta de 0,71% em dezembro, após avanço de 0,37% em
outubro, completando sete meses de variação positiva.
Embora seja anunciado como "PIB do BC", o IBC-Br tem metodologia de
cálculo distinta das contas nacionais calculadas pelo Instituto Brasileiro de
Geografia e Estatística (IBGE). O indicador do BC leva em conta a trajetória
das variáveis consideradas como bons indicadores para o desempenho dos
setores da economia (agropecuária, indústria e serviços). A estimativa do
IBC-Br incorpora a produção estimada para os três setores acrescida dos
impostos sobre produtos. O PIB calculado pelo IBGE, por sua vez, é a soma
de todos os bens e serviços produzidos no país durante certo período.