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Selic: o que muda pra você?

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23/01/2018

Notícia publicada pelo jornal Acritica

O Banco Central reduziu a taxa Selic para 7% ao ano na última reunião do Comitê de Política Monetária (Copom), em dezembro. Essa a menor taxa de juros nominal da histeria do pats. A Selic é a taxa básica de juros da economia. E a queda afeta toda a economia e também mexe com seu bolso.

Segundo o presidente da Associação Nacional das Corretoras e Distribuidoras (Ancord), Caio Vitiates, a queda tem efeito marginal para os empréstimos. Os impostos e outros diversos fatores econômicos continuam mantendo elevado os juros e o efeito na ponta para o consumidor acaba sendo mínimo.

Na avaliação do executivo, não há pontos contrários à queda da taxa. Já os prós vão desde a redução do custo da dívida pública até o incentivo em investimentos não só de risco, mas que dizem respeito a uma economia real. "O problema está no fato de que, muitas vezes essa queda da Selic é artificial, ou seja, nao está ligada ao contexto econômico de queda de consumo, o que pode causar aumento repentino de inflação. Por outro lado, com uma queda natural, e em níveis suportáveis, só teremos benefícios", frisou.

Ele avalia que se cenário de queda de juros for mantido este ano, certamente o brasileiro terá que pensar em investimentos menos conservadores.

ONDE INVESTIR

Investimentos em renda fixa como Tesouro Direto e Certificado de Depósito Bancário (CDB) não deixaram de ser atrativos pelo fato da taxa de juros está atrelada ao rendimento.

Ao longo do tempo, será preciso deixar de lado os investimentos de curto prazo e apostar em períodos mais longos, sem mexer no dinheiro.

“O cenário é incerto, teremos um ano de muita volatilidade, com eleições e possíveis e com o possível avanço de diferentes reformas. Neste momento de incerteza, os títulos de inflação podem ser os menos arriscados e os mais adequados para se proteger de possíveis mudanças”, afirmou.

Segundo o especialista, outras reduções da taxa dependerão do cenário político e econômico em 2018.

CENÁRIO ECONÔMICO PARA 2018

O economista Marcel Balassiano acredita que a economia brasileira em 2018 deve crescer mais do que em 2017. Para o especialista o ano representou a saída da recessão. "A economia vai crescer 2,8% em 2018, de acordo com as projeções do FGV IBRE. A inflação já recuou bastante, e provavelmente vai ficar abaixo do limite inferior de tolerância (3%) esse ano e abaixo da meta novamente no ano que vem, algo em torno de 4%. As expectativas para a taxa Selic, que já recuou de 14,25% para 7%, são de mais uma queda para 6,75% na primeira reunião do Copom em 2018 e na manutenção desse percentual ou algo próximo desse patamar ao longo do ano", disse.

O pesquisador afirma que a taxa de desemprego continuará na trajetória de queda, apesar de ainda estar num nível bastante elevado. Balassiano ressalta ainda que o principal problema econômico é a questão fiscal, e em especial a previdência.

  • Análise

Na avaliação do economista Fábio Calderaro, a redução dos juros tem efeitos positivos na atividade econômica. Com uma taxa menor, a tendência é que as pessoas e empresas consigam se financier mais facilmente. Assim, abre-se a possibilidade para o aumento do consumo, criando-se um círculo virtuoso na economia com a criação de emprego e renda. Para quem mantém aplicações financeiras com renda fixa, o corte na Selic não traz muita animação (...) e os rendimentos também recuam.

• lista

A Bolsa de Valores como um todo é favorecida com a queda da Selic. Confira quais setores se dão bem e podem surgir com boas oportunidades de compra de açõe neste cenário:

Imobiliárias

Empresas cíclicas

Endividadas

Pagadoras de dividendos

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