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Crise impacta no PIB de Manaus, diz IBGE

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15/12/2017

Notícia publicada pelo Portal Amazônia

De acordo com o estudo do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE) divulgado nesta quinta-feira (14), em 2015, Manaus caiu uma posição no ranking dos municípios com maior geração de riquezas no país. O resultado é creditado a instabilidade política e econômica e prenunciava a crise que assolou o país em 2016. No ano avaliado, a cidade ficou na 7ª posição, ao atingir R$ 67,1 bilhões. Em 2014, as riquezas da capital do Amazonas chegaram a R$ 67,4 bilhões.

O resultado demonstra que houve recuo de R$ 3,52 bilhões e variação negativa de 0,52 entre os períodos. Apesar da queda, a cidade se mantém entre os 100 municípios com os maiores Produto Interno Bruto (PIB) do país. O PIB representa 77,48% das riquezas do Estado e 20,91% da região Norte.

A queda já apontava indícios do início da crise econômica e política que atingiu todos os setores do país no último ano, explica o economista do Conselho Regional de Economia do Amazonas (Corecon-AM), Marcus Evangelista. “É importante lembrar que a redução não foi causada por fatores locais e deve ser vista como resultado de fatores macro”, frisa o especialista.

Segundo a pesquisa, a participação de Manaus no PIB brasileiro caiu 0,03 ponto percentual em 2015 comparando com o ano anterior. Em 2014, a participação do Estado era de 1,17% contra 1,12% no ano seguinte. Com isso, a capital amazonense perdeu a 6ª posição para Porto Alegre (RS).

Em 2015, o PIB de Manaus foi de R$ 67,1 bilhões, menor do que em 2014 (R$ 67,4 bilhões), representando 20,91% do PIB da região Norte. Na avaliação de Evangelista, mesmo perdendo uma colocação no ranking nacional, o resultado veio em um momento importante para a cidade, já que segundo ele, contesta uma recente pesquisa que colocou Manaus entre as piores capitais brasileiras para investir. “Apesar das dificuldades, a passagem da 6ª para 7ª posição só reforça que Manaus continua sendo uma região importante quando se trata de investimentos”, afirma.

A pesquisa do IBGE revelou ainda que o Amazonas foi a unidade federativa mais dependente de sua capital, uma vez que Manaus contribuiu 77,48% para o PIB do Estado. Em 2010, o PIB da capital amazonense representava 82,4% das riquezas. Esse número caiu para 78,5% em 2011, para 76,9% em 2012 e se manteve em 76,9% no ano seguinte. Em 2014 subiu para 78%, voltando a cair em 2015.

Entre os municípios brasileiros, os com as maiores participações foram São Paulo (10,85%), Rio de Janeiro (5,35%), Brasília (3,60%), Belo Horizonte (1,46%), Curitiba (1,40%) e Porto Alegre(1,14%). Nesse ano, o PIB de Manaus representou 1,1% de participação do PIB nacional.

Municípios

No Amazonas, a economia se manteve entre Manaus, Coari, Itacoatiara, Manacapuru e Parintins. A capital amazonense ocupa o primeiro lugar com as atividades do PIM (Polo Industrial de Manaus) e Coari segue depois, destacando-se com sua atividade econômica centrada na exploração de petróleo e gás com R$ 2,26 bilhões no produto interno bruto a preços correntes. Evangelista destaca que o Amazonas tem essa característica do PIM, concentrando a produção industrial em Manaus, o que justifica ser responsável por quase todo o PIB do Estado.

Ainda segundo ele, para tirar a região da dependência do setor é preciso investir em outras potencialidades econômicas. “Mas para isso é preciso que o governo invista nesses novos modelos para desenvolvê-los a médio e longo prazo”, concluiu o especialista.

Em seguida na pesquisa do IBGE, Itacoatiara ficou com a terceira posição ao atingir R$ 1,76 bilhão com sua indústria de transporte aquaviário pela hidrovia do rio Madeira. Já Manacapuru e Parintins também aparecem na lista com R$ 1,4 bi e R$ 951 milhões, respectivamente. Ainda conforme os dados, Coari e Codajás ocupam a 20ª e 26ª posição, respectivamente, no ranking dos 30 municípios da região Norte com os maiores PIBs. Seus PIBs são R$ 2,2 bilhões e R$ 1,76 bilhão, o que representa 0,71% e 0,55% do PIB da região Norte.

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