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Marca Amazônia impulsiona negócios

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11/12/2017

Notícia publicada pelo Jornal do Commercio

A Amazônia possui uma ampla biodiversidade em seu território e potencial para fortalecer diversos modelos de negócios. Com isso, ao longo dos anos cada vez mais grandes marcas vêm investindo na valorização de produtos que contenham em suas fórmulas matérias-primas regionais. Entre elas, a gigante Natura que há 17 anos possui matéria-prima local no portfólio, a exemplos de óleos especiais extraídos da andiroba. Desde 2010, a marca já investiu R$ 1 bilhão em negócios na região e em três anos espera alcançar o patamar dos R$ 1,5 bilhão.

Segundo o gerente de sustentabilidade da Natura, Ronaldo Freitas, a cadeia produtiva do grupo é focada nas comunidades ribeirinhas e já conta com quase 3 mil famílias. “O nome Amazônia tem contribuído bastante para a marca e nós, por outro lado, contribuímos adquirindo produtos de agricultura familiar e investindo em programas como o Carbono Neutro, sendo fundamental haver parcerias com outras empresas e representação das comunidades que vão promover o desenvolvimento sustentável”, disse Freitas.


Nos próximos anos a expectativa da marca é ampliar para mais de 10 mil famílias o atendimento e investir ainda mais em cadeias produtivas que agregam valor local e gerem emprego e renda. A primeira comunidade fornecedora da Natura na Amazônia foi no médio Juruá, no município de Carauari, contou o gerente. Nela são trabalhadas a cadeia de andiroba e a cadeia de muru muru.

“É importante observar que não são só fornecedores, existe uma parceria pois aprendemos muito no sentido de melhorar os processos da empresa e também apoiamos o desenvolvimento das cooperativas, que são as centrais para melhoria da qualidade de vida da população ribeirinha”, explicou.
Ainda de acordo com Freitas, a exemplos da grande atuação da marca na amazônia, atualmente 80% de sabonetes que vão para o Sudeste do país e para o exterior são produzidos e finalizados no Ecoparque, localizado no Estado do Pará. “Nós fazemos o fluxo inverso de muitas empresas que é trazer o acabamento de produtos para a região, ou seja, que não seja uma extração apenas de matéria-prima mas que a resposta tenha em outras áreas de produtos concentrados como embalagem e frascos”, declarou.

Soluções adequadas

Outro case de sucesso foi a instalação da Coca-Cola na Amazônia. A marca atua na região há quase 30 anos por meio da fábrica de concentrado na ZFM (Zona Franca de Manaus). Segundo o gerente sênior de governo e alianças estratégicas, André Luiz Soares, nos últimos anos a marca vem amplificando sua atuação. “Não só patrocinando o Festival de Parintins, como gerando uma quantidade de empregos diretos e indiretos na cadeia produtiva, que trabalha principalmente com os frutos de açaí e guaraná que são base para alguns dos nossos produtos”, frisou Soares.


“Também temos procurado construir avenidas de desenvolvimentos para as comunidades coletoras desses frutos para que tenham acesso a outros serviços como educação a fim de aumentar a qualidade de vida”, acrescentou.

Atualmente a Coca-Cola possui essas duas cadeias de produção, sendo na região mais a leste, os municípios de Borba, Parintins ao mosaico do Apuí. “Sao pequenos produtores e agricultores familiares que vendem o guaraná para a marca. Além disso, tem no médio Juruá a cadeia de açaí que já evoluiu com um programa maior de desenvolvimento territorial em parceria com a Natura e outras empresas”, explicou.

Para o gerente é importante a região desenhar e discutir soluções adaptadas para a realidade local sem tratá-la como se fosse um obstáculo para o desenvolvimento. “É preciso modelos de negócio e investimentos sociais de empresas e parcerias com governo e entidades que construam essas soluções compatíveis, que respeitem as cadeias produtivas como modelos de extrativismo que mantêm a floresta em pé”, destacou.

Desafios

Dentre os principais desafios para o desenvolvimento de modelos de negócios na Amazônia, estão a questão tecnológica e logística. “Ainda existente a necessidade de desenvolver tecnologias adaptadas às comunidades ribeirinhas para se fazer um processo sem deslolar mão de obra. Outro fator é distância de deslocamento dos óleos pelos rios que podem influenciar na qualidade daquele produto”, afirma o gerente de sustentabilidade da Natura, Ronaldo Freitas. Além disso, segundo ele, tem a diferença entre tributação de produtos, sociobiodiversidade e de agronegócio.

Na avaliação do gerente sênior de governo e alianças estratégicas da Coca-Cola, André Luiz Soares, os gargalos são desde os mais simples aos mais complexos. “Dos mais básicos estão trazer as práticas de manejo mais adequadas, ajudar grupos a fortalecer o associativismo, acessarem canais de comercialização e distribuição variada. Já nos difíceis incluem melhorar o modelo de educação nessas comunidades, trabalhar evasão de jovens dos municípios”, disse Soares, ao destacar que, a raiz comum é acreditar que o bioma da amazônia é a principal raiz de soluções.

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