17/11/2017
Notícia publicada pelo site Valor Econômico
O desmatamento em unidades de conservação federais caiu 28% entre agosto de 2016 e julho de 2017 e chegou a 159 km2 , a segunda menor taxa da série histórica que observa o que acontece nos parques, florestas e reservas de responsabilidade da União. O ministro do Meio Ambiente, José Sarney Filho, disse que a redução se explica pelo reforço na fiscalização operada pelo Ibama e pelo ICMBio.
O anúncio foi feito no Amazon-Bonn, evento realizado no Museu de Arte de Bonn, na região onde se realiza a conferência do clima da ONU, a CoP 23. A Floresta Nacional do Jamanxim e a Reserva Chico Mendes foram as que mais reduziram sua área desmatada em relação ao período anterior. Estudo divulgado pela Imazon e outras sete organizações ambientalistas (Ipam, ISA, Greenpeace, Imaflora, WWF, ICV e TNC) mostra que é possível zerar o desmatamento na Amazônia com políticas ambientais, incentivos ao uso sustentável da floresta, melhores práticas agropecuárias e consciência da sociedade.
A Amazônia recebeu novos recursos do Reino Unido e Alemanha. O Reino Unido anunciou quase R$ 100 milhões para o Mato Grosso e R$ 75 milhões para o Acre. A Alemanha contribuiu com R$ 130 milhões ao Fundo Amazônia, pela queda da taxa de desmatamento de 2015. O governo alemão destinou quase R$ 30 milhões ao Acre, repassados pelo banco de desenvolvimento KfW, para projetos de proteção da floresta e comunidades extrativistas, agricultores familiares e povos indígenas. A jornalista viajou à CoP-23 a convite do Instituto Clima e Sociedade (ICS).