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Crise faz PIB do Amazonas ter segunda maior queda do país

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17/11/2017

Reportagem publicada pelo portal D24AM

A profunda crise econômica fez o Produto Interno Bruto (PIB) do Amazonas de 2015 registrar a segunda maior queda de desempenho em relação a 2014, aponta o Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE). Naquele ano, a geração de riquezas somou R$ 86,5 bilhões. A retração de 5,4% deixou o Estado atrás apenas do Amapá (-5,5%), índice bem maior do que a média nacional, de 3,5%. Pela primeira vez na série histórica, iniciada em 2002, houve queda no volume do PIB de todas as Unidades da Federação, em 2015.

Com a retração generalizada, o Amazonas manteve a 14ª posição no País. O PIB do Estado representa 1,4% do PIB Nacional, com queda de 0,1 ponto percentual em relação a 2014 quando sua participação foi de 1,5%. Neste ano, apenas cinco Estados (São Paulo, Rio de Janeiro, Minas Gerais, Rio Grande do Sul e Paraná) foram responsáveis por 64,7% do PIB nacional.

O PIB per capita é o Produto Interno Bruto dividido pela quantidade de habitantes de um País. O PIB per capita brasileiro, em 2015 foi de R$ 29.326 contra R$ 28.500, em 2014. O maior PIB per capita registrado em 2015 foi do Distrito Federal com R$ 79.971, seguido por São Paulo e Rio de Janeiro, com R$ 43.694 e R$ 39.826 respectivamente. O Amazonas ocupa o 12º lugar no ranking dos PIB’s per capita com R$ 21.978 em 2015, contra R$ 22.373 em 2014.

Volume O PIB do Amazonas em 2015 somou R$ 86,56 bilhões. Em relação a 2014, este valor representou uma variação corrente negativa do PIB de 0,1%, apesar da variação do valor adicionado bruto ter sido positiva em 1,1%. “Isso signica que a queda na arrecadação de impostos teve impacto sobre o resultado corrente e, consequentemente, sobre a perda de participação, que caiu de 1,5% para 1,4%. Ainda assim, o Amazonas manteve-se como segunda Unidade da Federação da Região Norte com maior participação relativa no PIB do Brasil”, destaca o supervisor de disseminação de informações do IBGE no Amazonas, Adjalma Nogueira Jaques.

Setores Entre os setores, a agropecuária teve o maior destaque com aumento na participação, enquanto a indústria, que possui a maior fatia no PIB do Estado, perdeu espaço. A agropecuária teve participação de 8% no total do valor adicionado bruto amazonense em 2015, o que signicou um avanço de 0,8 ponto percentual em relação ao ano anterior, justicado pela variação de preços da mandioca e do açaí. Em volume, porém, o setor caiu 0,3% devido aos baixos desempenhos da Produção orestal, pesca e aquicultura e Pecuária, inclusive apoio à Pecuária.

Em 2015, o Amazonas registrou 191,3 mil toneladas produzidas na lavoura permanente, um aumento de 24,7% referente à 2014. Essa produção equivale a receita de R$ 373.901 mil contra R$ 270.476 mil, em 2014. Os destaques são s principais produtos da lavoura permanente, como banana, laranja e maracujá. Na lavoura temporária, foi produzido no ano de 2015 1,19 milhão toneladas, um decrescimento de 11,7%, quando se compara com 2014. O valor da produção de 2015 registrou R$ 988.122 mil, contra R$ 1.005.265 mil em 2014. Os principais produtos foram mandioca, abacaxi e melancia.

A indústria amazonense perdeu participação relativa no total da economia do Estado, saindo de 34,5% em 2014 para 33,3% em 2015. Em termos de variação de volume, foi a Indústria de Transformação com recuo de 11,9%, o principal responsável pelo resultado do setor, com destaque para a fabricação de produtos de metal, materiais elétricos e produtos eletrônicos, como televisores e motocicletas. “A indústria de transformação manteve a primeira posição entre as atividades de maior participação na economia amazonense, além de ser a Unidade da Federação em que tal atividade possui o maior valor relativo, 23,9% em 2015”, destaca Jaques.

De acordo com a Secretaria de Estado de Planejamento (Seplancti), parceira do IBGE no levantamento, a indústria extrativa mineral exerceu um grande impacto para o recuo do setor industrial, quando comparado a 2014, queda de 27,35%, afetando, consequentemente, na arrecadação da compensação nanceira pela exploração de recursos minerais, onde essa queda foi de 9,34%. A produção de Petróleo também foi outro fator que influenciou para a queda da indústria, com recuo de 6,08%.

No setor de serviços, a variação foi negativa em 1,7%. A atividade Administração, defesa, educação e saúde públicas e seguridade social, que já detinha a maior participação no setor em 2014, apresentou elevação em volume de 3,7% em 2015, resultado inuenciado pelo incremento na produção ambulatorial e de internações. Em contrapartida, Comércio, manutenção e reparação de veículos automotores e motocicletas e Atividades Imobiliárias caíram em volume, influenciando o desempenho de Serviços, aponta o IBGE.

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